A única usina elétrica da Faixa de Gaza foi desligada ontem (18) após acabar o combustível, produto proibido de entrar no território palestino sitiado pela ocupação israelense, anunciou a Companhia de Distribuição de Eletricidade de Gaza (GEDCO).
“A usina de energia foi desligada completamente”, reportou brevemente a empresa.
Israel proibiu as importações de combustíveis a Gaza, como parte das medidas punitivas pelo suposto lançamento de balões incendiários em direção ao território israelenses.
No domingo (16), a GEDCO alertou que o combustível industrial utilizado na usina elétrica deveria acabar até a manhã de terça-feira.
Desde 2007, a Faixa de Gaza sofre com um severo bloqueio israelense que priva os quase dois milhões de habitantes do território palestino de produtos essenciais, incluindo alimentos, combustíveis e remédios.
Como resultado, a região costeira sofre com grave crise de eletricidade.
A Faixa de Gaza precisa de aproximadamente 500 megawatts de energia elétrica para suprir as necessidades de sua população. Contudo, apenas 180 megawatts estão atualmente disponíveis.
Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, reiterou que a falta de energia elétrica prejudica a prestação de serviços de saúde nos hospitais locais. Também advertiu para o impacto da falta de eletricidade sobre os centros de quarentena para pacientes com coronavírus.
Gaza atualmente possui três fontes de energia elétrica: Israel, que fornece 120 megawatts; Egito, que fornece 32 megawatts; e a única usina local, que gera entre 40 e 60 megawatts de energia.
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