O presidente colombiano Iván Duque acusou o presidente venezuelano Nicolás Maduro de tentar comprar mísseis de seu aliado Irã.
“Há informações de agências de inteligência internacionais que trabalham conosco, mostrando que há interesse da ditadura de Nicolás Maduro em adquirir alguns mísseis de médio e longo alcance, através do Irã”, disse Duque.
Segundo o líder colombiano de direita, os mísseis “ainda não chegaram” à Venezuela, mas o ministro da Defesa do país, Vladimir Padrino, foi encarregado pela “aproximação” da Venezuela com o Irã para a aquisição das armas.
Duque reiterou, também, acusações frequentes de que Maduro envia armas fabricadas na Rússia e Belarus para grupos armados colombianos e apoia ex-membros do grupo rebelde das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que se opuseram a um acordo de paz em 2016 com o Exército de Libertação Nacional.
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A Colômbia também não reconhece Maduro como presidente da Venezuela e, além de outros 50 países, considera o líder da oposição Juan Guaidó como o líder do país, embora seus críticos na Venezuela o considerem um traidor.
Respondendo às acusações de Bogotá, o chanceler venezuelano Jorge Arreaza disse que as alegações feitas por Duque eram “ficção anti-venezuelana para distrair a opinião pública”.
Enfrentando uma crise de combustível, a Venezuela recebeu vários tanques de combustível do Irã neste ano para ajudar a resolver a escassez, alguns dos quais teriam sido apreendidos pelos EUA, alegações que foram negadas por Teerã.
Os relatórios vieram no mesmo dia em que o Irã apresentou dois novos mísseis fabricados internamente em homenagem ao falecido General da Guarda Revolucionária do Irã, Força Quds, Qassem Soleimani, e vice-chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque (FMPI), Abu Mahdi Al-Muhandis. O míssil balístico ‘Haj Qassem’ é capaz de atingir 1.400 quilômetros. A Venezuela fica a pouco mais de 1.930 quilômetros da ponta do estado americano da Flórida.
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