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Manifestantes tomam as ruas contra Netanyahu, em desafio a ordens da polícia

Policiais israelenses prendem manifestante, durante protesto massivo contra o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, reivindicando sua renúncia, sob acusações de corrupção e má gestão da crise do coronavírus, em Tel Aviv, 23 de agosto de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]
Policiais israelenses prendem manifestante, durante protesto massivo contra o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, reivindicando sua renúncia, sob acusações de corrupção e má gestão da crise do coronavírus, em Tel Aviv, 23 de agosto de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Manifestantes contrários ao governo de Israel voltaram a tomar as ruas neste sábado (22), em desafio a uma ordem policial para proibir protestos, segundo a emissora israelense i24 News.

Os manifestantes novamente reivindicaram a renúncia do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, classificado por eles como “Ministro do Crime”, na cidade de Jerusalém. Netanyahu é acusado de fracassar no combate ao covid-19, além de corrupção e fraude.

Netanyahu é o primeiro premiê israelense a enfrentar julgamento durante mandato.

A polícia israelense em Jerusalém expressamente proibiu as manifestações, ao advertir os organizadores: “A posição da polícia é não permitir esta marcha, cuja rota pode perturbar residentes e visitantes, pois trata-se da principal rota de acesso para a cidade”.

Entretanto, organizadores do protesto rejeitaram as propostas oficiais de rotas alternativas. “Vocês não podem impedir as manifestações. É seu papel nos proteger; é seu papel proteger o país, que está em colapso”, responderam os manifestantes.

A polícia reportou 30 pessoas detidas, nas primeiras horas deste domingo (23), e alegou que três policiais foram feridos.

LEIA: É hora de acabar com a impunidade de Israel

Netanyahu, até então, recusa-se a renunciar como primeiro-ministro e insiste que permanecerá no cargo enquanto enfrentar seu julgamento por corrupção.

O premiê foi indiciado sob acusações de propina, fraude e crime de responsabilidade, em audiência realizada em outubro último. Esperava-se sua exoneração do cargo para prosseguir com o processo legal, algo que não ocorreu.

O governo de Netanyahu é ainda reiteradamente criticado por sua resposta à pandemia de coronavírus. Cidadãos alegam que o governo não os assistiu devidamente, diante da crise, além de fracassar em conter o vírus mortal.

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