O vice-ministro da Justiça do Iêmen, Faisal Al-Majidi, disse ontem que há mais de 3.500 iemenitas desaparecidos à força em prisões Houthi, informou o site de notícias Shebab do Iêmen.
De acordo com a TV Al-Hadath da Arábia Saudita, Al-Majidi disse que 3.544 casos de desaparecimento forçado foram documentados e seus arquivos foram enviados ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (UNHRC).
Al-Majidi disse que os totais incluem 72 crianças e 17 mulheres, salientando que o número real de pessoas desaparecidas à força é muito maior.
A autoridade iemenita pediu às famílias das vítimas que apresentem queixas ao Ministério Público para responsabilizar os culpados, em particular o chefe da milícia Houthi, Abdel-Malik Al-Houthi.
Majidi acusou o eclueenviado Especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, de fechar os olhos aos direitos das pessoas desaparecidas à força, enquanto trata o assunto como uma questão política e não de direitos humanos.
O vice-ministro também expressou sua decepção com todas as organizações da ONU que sustentam a posição de Martin Griffiths.
Desde que um acordo foi feito para trocar 15.000 prisioneiros e pessoas desaparecidas à força entre o governo do Iêmen e os Houthis em 2018, nenhum progresso foi feito.
Domingo marca o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados.
LEIA: Iemenitas deslocados sofrem com fechamento de clínicas, devido à falta de apoio humanitário