Nesta quarta-feira (26), autoridades da ocupação israelense demoliram todas as casas da aldeia beduína de Al-Araqeeb, no deserto do Negev, pela 177ª vez.
Os residentes da aldeia destruída são bastante familiarizados com a dolorosa rotina, executada habitualmente desde a primeira rodada de devastação sobre Al-Araqeeb, em julho de 2010.
Vez após outra, os residentes de Al-Araqeeb reconstroem suas tendas e casebres. Em seguida, as forças da ocupação retornam para destruí-los; a rotina chega a repetir-se várias vezes em um mesmo mês.
A demolição desta semana é a sexta somente em 2020, segundo fontes locais.
LEIA: Soldados de Israel ordenam que famílias palestinas derrubem suas casas
Conforme informações da rede Gulf News, não apenas Israel destrói a aldeia reiteradamente, em violação flagrante da lei internacional, como entrega aos residentes desabrigados a conta pela demolição infligida por soldados israelenses.
Localizada no deserto do Negev (Naqab), Al-Araqeeb é uma das 51 aldeias árabes “não-reconhecidas” da região, habitada por vinte famílias palestinas, construída precariamente, com madeira, plástico e chapas de ferro.
As demolições israelenses de Al-Araqeeb são executadas como tentativas de expulsar a população beduína e reassentá-la a municipalidades isoladas pela ocupação.
Embora os residentes tenham escrituras de suas terras e recibos de impostos pagos, Israel recusa-se a aceitar qualquer documento e mantém ameaças de expulsão e demolição sobre os palestinos, além de discriminá-los e privá-los de serviços básicos, controlados pelo governo israelense.