Motorista de táxi egípcio é preso nos EUA doze anos depois de matar as duas filhas

Um motorista de táxi egípcio foi preso por matar suas duas filhas no chamado crime de honra, 12 anos após os homicídios.

Em 2008, Yaser Abdel Said atirou 11 vezes em sua filha Sarah, de 17 anos, e na filha Amina, de 18, depois de dizer que as estava levando para comer fora.

Ele os levou para Irving, no Texas, onde atirou nelas dentro de seu táxi. Sarah conseguiu ligar para a polícia antes de morrer. “Oh meu Deus, estou morrendo”, disse ela na ligação gravada para o 911.

As meninas não foram encontradas até uma hora após a ligação, o que levou a perguntas sobre por que demorou tanto para um veículo de emergência chegar até elas.

Em 2014, Yaser foi colocado entre os Dez Fugitivos Mais Procurados do FBI e uma recompensa de US$ 10.000 foi estipulada por sua cabeça.

Um membro da família disse à polícia que Yasser havia ameaçado Amina e Sarah porque elas se relacionavam com não muçulmanos.

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Em um artigo para o Business Insider, o namorado de Amina, Joseph Moreno, escreveu sobre como ela previu que seu pai a mataria e que ele regularmente ameaçava fazê-lo.

Moreno disse que Yaser as estava vigiando para gravá-las, seja por vídeo ou áudio, e queria arranjar casamento para elas com homens mais velhos no Egito.

Amina disse a Moreno que ela e sua irmã foram abusadas física e sexualmente pelo pai. Elas reclamaram para a polícia, mas sua mãe, Patricia Owens, as pressionou a retirarem suas queixas.

Sarah já havia sido punida pelo pai por sorrir muito para os clientes da loja em que trabalhava, que ele filmava do lado de fora em seu carro.

Um mês antes do assassinato, a mãe levou as duas irmãs para Oklahoma para escapar de Yaser, mas ele ligou para elas e implorou para que a mãe as trouxesse de volta para casa.

Quando eles voltaram, ele as matou.

O filho de Yaser e seu irmão foram presos por abrigarem o fugitivo.

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Merhan Keller, uma ativista dos direitos das mulheres que trabalha na Organização dos Direitos da Mulher em San Francisco, trabalhou junto com familiares e amigos de Sarah e Amina para localizar Yaser, especialmente porque se pensava que Yaser poderia ter escapado dos EUA e retornado ao Egito.

No início de agosto, o grupo lançou uma campanha de mídia social, Justiça para Amina e Sarah, que se tornou viral.