Jared Kushner, conselheiro sênior e genro do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, afirmou que os países do Golfo, incluindo Arábia Saudita, estão ansiosos para normalizar as relações diplomáticas com Israel, ao declarar: “É questão de tempo”.
“Muitos estão nos observando atentamente. Vão ver agora como são as respostas a isso [normalização]. A geração mais jovem [da região] está bastante animada com isso. Alguns membros da velha guarda podem ter nostalgia de tempos distintos, e não queremos assumir riscos”, afirmou Kushner em entrevista exclusiva com a revista Newsweek.
“Mas a realidade é que a maioria destes países quer desenvolver suas economias e percebem que ao deterem-se de tal modo, estão jogando o jogo do Irã, conforme o desejo iraniano de um Oriente Médio dividido e caótico”, prosseguiu.
Kushner alegou que os líderes do Golfo tornaram-se “pessimistas sobre a intenção da liderança palestina em melhorar a vida do povo palestino”. Segundo o assessor de Trump, os estados árabes não deverão restringir-se de avanços em troca de problemas regionais, apenas porque a liderança palestina não consegue descobrir como ir adiante.
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Em 13 de agosto, Trump anunciou um “acordo de paz” entre Emirados Árabes Unidos e Israel, mediado por Washington, para normalizar relações entre os países.
O governo emiradense alega que o acordo foi um esforço para conter os planos israelenses de anexação ilegal de grandes partes da Cisjordânia ocupada.
Críticos, no entanto, argumentam que as negociações para instituir laços com a entidade sionista ocorrem há anos, ao destacar reiteradas visitas de oficiais israelenses aos Emirados e sua participação em conferências no país do Golfo, que até então não possuía relações diplomáticas com o estado da ocupação.
Não obstante, em 17 de agosto, o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu repetiu que a anexação não está descartada, mas sim postergada, por ora.