O secretário de Estado Mike Pompeo aprovou um plano para suspender a ajuda dos EUA à Etiópia por causa da disputa do país com o Egito e o Sudão sobre a barragem do Renascimento, informou a Foreign Policy na quinta-feira.
Essa punição pode afetar até US$ 130 milhões em assistência estrangeira dos EUA à Etiópia, informou Pompeu, observando que isso poderá afetar a assistência de segurança, contra terrorismo , formação e treinamento militar, programas anti-tráfico de pessoas e financiamento mais amplo de assistência ao desenvolvimento.
No entanto, os cortes não afetarão o financiamento dos EUA para ajuda humanitária de emergência, assistência alimentar ou programas de saúde voltados para o combate à covid-19 e ao HIV/AIDS.
De acordo com a Foreign Policy, o presidente Donald Trump gosta do presidente egípcio Abdel-Fattah Al-Sisi, o que explicaria as alegações de autoridades etíopes de que o governo dos Estados Unidos está tomando o lado do Egito nas negociações sobre a barragem.
Um funcionário dos EUA disse à publicação que “ainda há progresso sendo feito, ainda vemos um caminho viável a seguir aqui. O papel dos EUA é fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar a facilitar um acordo entre os três países que equilibre seus interesses”.
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A Foreign Policy divulgou que um funcionário do Departamento de Estado dos EUA informou o Congresso sobre a decisão na quinta-feira e enfatizou que “a relação EUA-Etiópia permaneceria forte, apesar de um corte na ajuda, porque os EUA podem ter conversas difíceis‘ com amigos ’”.
Na terça-feira, Pompeo visitou o Sudão para se encontrar com o primeiro-ministro Abdullah Hamdok. O encontro não aconteceu, mas o Departamento de Estado dos EUA confirmou que Pompeo concordou com Hamdok em chegar a um acordo que preserve os direitos do Sudão, Egito e Etiópia.