O número de vítimas pela enorme explosão que atingiu o porto de Beirute, no início de agosto, chegou a 190 mortos e mais de 6.500 feridos, reportou neste domingo (30) o governo em exercício do Líbano.
Autoridades libanesas investigam a razão pela qual explodiram materiais altamente inflamáveis, armazenados de modo impróprio na região portuária de Beirute, capital do Líbano.
A detonação resultou em um enorme cogumelo de fumaça, devastou partes da cidade e voltou a despertar a indignação popular perante a elite política, já acusada de ser responsável pelo colapso financeiro do país.
O exército declarou no sábado (29) que sete pessoas ainda estão desaparecidas – três cidadãos libaneses, três sírios e um egípcio. Até então, não reportou ter encontrado as vítimas.
A explosão de 4 de agosto deixou 300.000 pessoas desabrigadas e causou US$15 bilhões em danos diretos, reiterou o relatório emitido neste domingo pela presidência do conselho ministerial. Reportou ainda 50.000 casas, 178 escolas e nove hospitais danificados.
O governo do Líbano renunciou após a explosão.
A partir desta segunda-feira (31), a presidência debaterá com blocos parlamentares a indicação de um novo primeiro-ministro. Na terça-feira (1°), o Presidente da França Emmanuel Macron volta a visitar o Líbano para pressionar as lideranças políticas a agirem para resgatar o país da profunda crise econômica, com raízes endêmicas na corrupção e má gestão pública.