Recém nomeado primeiro-ministro do Líbano pede reformas imediatas e acordo com o FMI

E-embaixador do Líbano em Berlim Mustapha Adib (C) chega ao palácio presidencial em Baabda, a leste de Beirute, para assumir como novo primeiro-ministro do país, em 31 de agosto de 2020 [Joseph Eid/ AFP via Getty Images]

O primeiro-ministro designado do Líbano, Mustapha Adib, pediu na segunda-feira a formação de um novo governo em tempo recorde e reformas imediatas como um passo para garantir um acordo com o Fundo Monetário Internacional, relata a Reuters.

Ele falou depois de ser designado primeiro-ministro e horas antes da chegada do presidente francês Emmanuel Macron, cuja pressão sobre os líderes rebeldes foi crucial para forjar um acordo em torno do nome de Adib, então embaixador de Beirute em Berlim.

“A oportunidade para o nosso país é pequena e a missão que aceitei baseia-se no reconhecimento disso por todas as forças políticas”, disse Adib após ser designado pelo Presidente Michel Aoun.

Os estados doadores querem que o Líbano realize reformas há muito adiadas para acabar com a corrupção e o desperdício de recursos do estado, a fim de liberar apoio financeiro. O governo anterior lançou conversas com o FMI em maio, mas elas empacaram em meio a divisões no lado libanês sobre a escala de perdas no sistema financeiro.

Adib disse que um novo governo deve ser formado em tempo recorde e as reformas devem ser implementadas imediatamente como “uma porta de entrada para um acordo com o FMI”.

LEIA: Terceiro negociador libanês para o FMI demite-se do cargo, segundo relatos

Formar governos no passado costumava levar meses de negociações políticas.

O governo anterior liderado por Hassan Diab renunciou em 10 de agosto, após a explosão catastrófica no porto de Beirute, que matou cerca de 190 pessoas.

Macron, que chega tarde desta segunda-feira para sua segunda visita em menos de um mês, liderou esforços internacionais para pressionar o Líbano a promulgar mudanças radicais para lidar com a crise econômica.

Com a economia de joelhos, umaparte de Beirute em frangalhos e as tensões sectárias aumentando, o ex-protetorado francês enfrenta a maior ameaça à estabilidade desde a guerra civil de 1975-90.

Sair da versão mobile