Uma autoridade separatista acusou a Arábia Saudita de impedir a implementação de um acordo de divisão de poder, conhecido como Acordo de Riade, para o sul do Iêmen, informou a Agência Anadolu.
“A negação do retorno dos líderes do sul a Aden pela Arábia Saudita é um obstáculo à implementação do Acordo de Riade”, disse Rami Muthana al-Sumaidi, líder do separatista Conselho de Transição do Sul (STC), apoiado pelos Emirados Árabes Unidos, na segunda-feira.
Ele acrescentou que Riade se recusou a permitir que o ex-chefe de segurança Shallal Shaya retorne de Abu Dhabi a Aden.
Al-Sumaidi alertou a coalizão liderada pela Arábia Saudita contra quaisquer medidas para impedir o movimento de líderes do sul do Iêmen no futuro.
Não houve comentários da coalizão liderada pelos sauditas sobre as acusações.
O acordo de Riade, proposto pela primeira vez em novembro, visa acabar com os confrontos entre o governo do Iêmen e os combatentes do STC nas províncias do sul.
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O Iêmen tem sido marcado pela violência e pelo caos desde 2014, quando rebeldes houthis invadiram grande parte do país, incluindo a capital, Sanaa. A crise aumentou em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma devastadora campanha aérea com o objetivo de reverter os ganhos territoriais houthis.
Acredita-se que dezenas de milhares de iemenitas, incluindo civis, tenham sido mortos no conflito, que levou a uma das piores crises humanitárias do mundo, já que milhões continuam em risco de morrer de fome.