O Egito assinou seu primeiro empréstimo de financiamento islâmico convencional, no valor de US$2 bilhões, com o intuito de auxiliar a economia do país, anunciou ontem (31) o Ministério das Finanças do Egito.
Em nota oficial, o ministério alegou que o empréstimo pretende “financiar o orçamento geral do estado e dar apoio à economia egípcia, para contribuir com a manutenção de seu caminho forte, diante das flutuações prevalecentes no mercado global.”
O ministério argumentou que o valor subiu de US$1.5 bilhão para US$2 bilhões devido a um “aumento na demanda por cota”.
“Apesar dos difíceis desafios que o mercado enfrenta, devido às repercussões da crise em curso do coronavírus, houve grande demanda e taxa de cobertura de cota chegou a 1.75 vezes o valor da oferta, então o Ministério das Finanças aumentou o volume de financiamento de US$1.5 bilhão para US$2 bilhões, como visto”, reportou o comunicado.
O empréstimo, recentemente aprovado pelo parlamento do Egito, foi oferecido pelo Emirates NBD Capital Ltda. – braço de investimentos bancários do Emirates NBD, banco público de Dubai –, além do Primeiro Banco de Abu Dhabi (FAB).
O Ministro das Finanças do Egito Mohamed Ma’it afirmou que seu país está “trabalhando para diversificar suas fontes de financiamento, ao utilizar fontes regionais e islâmicas de financiamento.”
A necessidade do Egito por moeda estrangeira aumento em 2020, devido às repercussões econômicas negativas da pandemia de coronavírus. O Fundo Monetário Internacional (FMI) relatou recentemente que a dívida externa do Egito chegou a US$119.6 bilhões no fim do último ano fiscal.
O Banco Central do Egito anunciou que a dívida interna do país atingiu 4.18 trilhões de libras egípcias (US$269.6 bilhões) no fim de setembro de 2019.
LEIA: Metade da população do Egito é procurada pela Promotoria Pública