Nesta segunda-feira (30), o primeiro voo comercial israelense chegou a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. O voo foi organizado para ocorrer apenas duas semanas após o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciar um “acordo de paz” entre os Emirados e o estado da ocupação israelense. Trump tuitou que o pacto representa um “enorme avanço” e “acordo de paz histórico entre dois grandes amigos, Israel e Emirados Árabes Unidos!”
Oficiais israelenses e americanos classificaram o primeiro voo direto entre Tel Aviv e Abu Dhabi como prelúdio para uma era mais próspera nas boas relações entre os dois países. Também expressaram esperanças de que tais atos quebrariam o gelo para instituir novos laços oficiais entre o estado da ocupação e países árabes.
O acordo cobre a normalização dos laços econômicos, culturais e diplomáticos entre os dois países. Não obstante, muitos analistas e oficiais israelenses, além de experts internacionais, insistem que a iniciativa foi estabelecida para aprimorar a economia israelense, com potencial agora para enormes oportunidades.
“Testemunhamos um evento histórico”, afirmou o Ministro de Cooperação Regional de Israel Ofir Akunis à emissora Channel 11, neste domingo (30). “É um avanço dramático e sem precedentes [e] alicerce para sairmos de uma crise econômica”, prosseguiu. Segundo a rede Ynet News, Akunis concedeu maiores detalhes sobre tais ganhos econômicos: “Falamos de acordos comerciais no valor de US$500 milhões, na fase inicial, e isso continuará aumentando com o tempo”.
O Ministro da Economia Amir Peretz já ordenou equipes de sua pasta a dar início ao fortalecimento dos laços econômicos com os Emirados. Segundo o jornal Times of Israel, Peretz sugeriu que, a princípio, deverá ser aberta uma missão comercial dentro da proposta de instalação de uma embaixada israelense em Abu Dhabi. O jornal prosseguiu: “Os setores industriais que mais ganharão com o acordo devem ser cibernética, equipamentos médicos, tecnologia financeira e comunicações”. A televisão israelense chegou a mencionar que as exportações do país aos Emirados Árabes Unidos – hoje estimadas em torno de US$300.000 por ano – podem chegar a índices de US$300 a US$500 milhões anuais.
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Logo após o acordo, a revista The Economist destacou: “Israelenses deverão juntar-se às hordas de estrangeiros prósperos que abriram negócios ou compraram imóveis luxuosos no emirado costeiro.”
Sanam Vakil, vice-diretor do Programa para Oriente Médio e Norte da África da Câmara Chatham, em Londres, observou que há diversas oportunidades para investimentos e tecnologia, além dos setores de turismo, comércio e outros. “Este relacionamento [após o acordo] foi cultivado nos bastidores por anos e anos e sua instauração permite agora a ambos os países que colham os ganhos econômicos juntos, e não exclusivamente, beneficiando-se silenciosamente de ganhos em termos de inteligência e segurança.”
Entretanto, o Financial Times ressoou uma nota de cautela. Reportou empresários e oficiais que dizem: “Uma longa história de suspeita combinada com a natureza instável das alianças do Oriente Médio e dificuldades práticas podem provar-se uma barreira inicial aos elementos promissores de comércio, turismo e segurança, prometidos pelo Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu”. Segundo um oficial israelense de alto escalão, os frutos deste relacionamento não serão imediatos. “Devagar, devagar”, alegou o diplomata. “Eles não atendem o telefone desde 1971 [quando foram criados os Emirados Árabes Unidos]. Vamos aprender primeiro a caminhar, depois podemos nos abraçar e dançar juntos.”
Nesta segunda-feira (30), o primeiro voo comercial israelense chegou a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. O voo foi organizado para ocorrer apenas duas semanas após o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciar um “acordo de paz” entre os Emirados e o estado da ocupação israelense. Trump tuitou que o pacto representa um “enorme avanço” e “acordo de paz histórico entre dois grandes amigos, Israel e Emirados Árabes Unidos!”
Oficiais israelenses e americanos classificaram o primeiro voo direto entre Tel Aviv e Abu Dhabi como prelúdio para uma era mais próspera nas boas relações entre os dois países. Também expressaram esperanças de que tais atos quebrariam o gelo para instituir novos laços oficiais entre o estado da ocupação e países árabes.
O acordo cobre a normalização dos laços econômicos, culturais e diplomáticos entre os dois países. Não obstante, muitos analistas e oficiais israelenses, além de experts internacionais, insistem que a iniciativa foi estabelecida para aprimorar a economia israelense, com potencial agora para enormes oportunidades.
LEIA: A aliança entre os Emirados e Israel é uma adaga envenenada nas costas dos árabes
“Testemunhamos um evento histórico”, afirmou o Ministro de Cooperação Regional de Israel Ofir Akunis à emissora Channel 11, neste domingo (30). “É um avanço dramático e sem precedentes [e] alicerce para sairmos de uma crise econômica”, prosseguiu. Segundo a rede Ynet News, Akunis concedeu maiores detalhes sobre tais ganhos econômicos: “Falamos de acordos comerciais no valor de US$500 milhões, na fase inicial, e isso continuará aumentando com o tempo”.
O Ministro da Economia Amir Peretz já ordenou equipes de sua pasta a dar início ao fortalecimento dos laços econômicos com os Emirados. Segundo o jornal Times of Israel, Peretz sugeriu que, a princípio, deverá ser aberta uma missão comercial dentro da proposta de instalação de uma embaixada israelense em Abu Dhabi. O jornal prosseguiu: “Os setores industriais que mais ganharão com o acordo devem ser cibernética, equipamentos médicos, tecnologia financeira e comunicações”. A televisão israelense chegou a mencionar que as exportações do país aos Emirados Árabes Unidos – hoje estimadas em torno de US$300.000 por ano – podem chegar a índices de US$300 a US$500 milhões anuais.
Logo após o acordo, a revista The Economist destacou: “Israelenses deverão juntar-se às hordas de estrangeiros prósperos que abriram negócios ou compraram imóveis luxuosos no emirado costeiro.”
Sanam Vakil, vice-diretor do Programa para Oriente Médio e Norte da África da Câmara Chatham, em Londres, observou que há diversas oportunidades para investimentos e tecnologia, além dos setores de turismo, comércio e outros. “Este relacionamento [após o acordo] foi cultivado nos bastidores por anos e anos e sua instauração permite agora a ambos os países que colham os ganhos econômicos juntos, e não exclusivamente, beneficiando-se silenciosamente de ganhos em termos de inteligência e segurança.”
Entretanto, o Financial Times ressoou uma nota de cautela. Reportou empresários e oficiais que dizem: “Uma longa história de suspeita combinada com a natureza instável das alianças do Oriente Médio e dificuldades práticas podem provar-se uma barreira inicial aos elementos promissores de comércio, turismo e segurança, prometidos pelo Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu”. Segundo um oficial israelense de alto escalão, os frutos deste relacionamento não serão imediatos. “Devagar, devagar”, alegou o diplomata. “Eles não atendem o telefone desde 1971 [quando foram criados os Emirados Árabes Unidos]. Vamos aprender primeiro a caminhar, depois podemos nos abraçar e dançar juntos.”
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