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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel sai no lucro, com grande potencial econômico no pacto emiradense

Oficial emiradense ao lado de avião da El Al, após primeiro voo comercial realizado entre Israel e Emirados Árabes Unidos, 31 de agosto de 2020 [Karim Sahib/AFP/Getty Images]
Oficial emiradense ao lado de avião da El Al, após primeiro voo comercial realizado entre Israel e Emirados Árabes Unidos, 31 de agosto de 2020 [Karim Sahib/AFP/Getty Images]

Nesta segunda-feira (30), o primeiro voo comercial israelense chegou a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. O voo foi organizado para ocorrer apenas duas semanas após o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciar um “acordo de paz” entre os Emirados e o estado da ocupação israelense. Trump tuitou que o pacto representa um “enorme avanço” e “acordo de paz histórico entre dois grandes amigos, Israel e Emirados Árabes Unidos!”

Oficiais israelenses e americanos classificaram o primeiro voo direto entre Tel Aviv e Abu Dhabi como prelúdio para uma era mais próspera nas boas relações entre os dois países. Também expressaram esperanças de que tais atos quebrariam o gelo para instituir novos laços oficiais entre o estado da ocupação e países árabes.

O acordo cobre a normalização dos laços econômicos, culturais e diplomáticos entre os dois países. Não obstante, muitos analistas e oficiais israelenses, além de experts internacionais, insistem que a iniciativa foi estabelecida para aprimorar a economia israelense, com potencial agora para enormes oportunidades.

“Testemunhamos um evento histórico”, afirmou o Ministro de Cooperação Regional de Israel Ofir Akunis à emissora Channel 11, neste domingo (30). “É um avanço dramático e sem precedentes [e] alicerce para sairmos de uma crise econômica”, prosseguiu. Segundo a rede Ynet News, Akunis concedeu maiores detalhes sobre tais ganhos econômicos: “Falamos de acordos comerciais no valor de US$500 milhões, na fase inicial, e isso continuará aumentando com o tempo”.

O Ministro da Economia Amir Peretz já ordenou equipes de sua pasta a dar início ao fortalecimento dos laços econômicos com os Emirados. Segundo o jornal Times of Israel, Peretz sugeriu que, a princípio, deverá ser aberta uma missão comercial dentro da proposta de instalação de uma embaixada israelense em Abu Dhabi. O jornal prosseguiu: “Os setores industriais que mais ganharão com o acordo devem ser cibernética, equipamentos médicos, tecnologia financeira e comunicações”. A televisão israelense chegou a mencionar que as exportações do país aos Emirados Árabes Unidos – hoje estimadas em torno de US$300.000 por ano – podem chegar a índices de US$300 a US$500 milhões anuais.

LEIA: Acordo entre Israel e Emirados não torna a ocupação aceitável, enfatiza Hamas

Logo após o acordo, a revista The Economist destacou: “Israelenses deverão juntar-se às hordas de estrangeiros prósperos que abriram negócios ou compraram imóveis luxuosos no emirado costeiro.”

Sanam Vakil, vice-diretor do Programa para Oriente Médio e Norte da África da Câmara Chatham, em Londres, observou que há diversas oportunidades para investimentos e tecnologia, além dos setores de turismo, comércio e outros. “Este relacionamento [após o acordo] foi cultivado nos bastidores por anos e anos e sua instauração permite agora a ambos os países que colham os ganhos econômicos juntos, e não exclusivamente, beneficiando-se silenciosamente de ganhos em termos de inteligência e segurança.”

Entretanto, o Financial Times ressoou uma nota de cautela. Reportou empresários e oficiais que dizem: “Uma longa história de suspeita combinada com a natureza instável das alianças do Oriente Médio e dificuldades práticas podem provar-se uma barreira inicial aos elementos promissores de comércio, turismo e segurança, prometidos pelo Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu”. Segundo um oficial israelense de alto escalão, os frutos deste relacionamento não serão imediatos. “Devagar, devagar”, alegou o diplomata. “Eles não atendem o telefone desde 1971 [quando foram criados os Emirados Árabes Unidos]. Vamos aprender primeiro a caminhar, depois podemos nos abraçar e dançar juntos.”

Os Emirados Árabes Unidos normalizam os laços com Israel - Charge [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

Os Emirados Árabes Unidos normalizam os laços com Israel – Charge [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

Nesta segunda-feira (30), o primeiro voo comercial israelense chegou a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. O voo foi organizado para ocorrer apenas duas semanas após o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciar um “acordo de paz” entre os Emirados e o estado da ocupação israelense. Trump tuitou que o pacto representa um “enorme avanço” e “acordo de paz histórico entre dois grandes amigos, Israel e Emirados Árabes Unidos!”

Oficiais israelenses e americanos classificaram o primeiro voo direto entre Tel Aviv e Abu Dhabi como prelúdio para uma era mais próspera nas boas relações entre os dois países. Também expressaram esperanças de que tais atos quebrariam o gelo para instituir novos laços oficiais entre o estado da ocupação e países árabes.

O acordo cobre a normalização dos laços econômicos, culturais e diplomáticos entre os dois países. Não obstante, muitos analistas e oficiais israelenses, além de experts internacionais, insistem que a iniciativa foi estabelecida para aprimorar a economia israelense, com potencial agora para enormes oportunidades.

LEIA: A aliança entre os Emirados e Israel é uma adaga envenenada nas costas dos árabes

“Testemunhamos um evento histórico”, afirmou o Ministro de Cooperação Regional de Israel Ofir Akunis à emissora Channel 11, neste domingo (30). “É um avanço dramático e sem precedentes [e] alicerce para sairmos de uma crise econômica”, prosseguiu. Segundo a rede Ynet News, Akunis concedeu maiores detalhes sobre tais ganhos econômicos: “Falamos de acordos comerciais no valor de US$500 milhões, na fase inicial, e isso continuará aumentando com o tempo”.

O Ministro da Economia Amir Peretz já ordenou equipes de sua pasta a dar início ao fortalecimento dos laços econômicos com os Emirados. Segundo o jornal Times of Israel, Peretz sugeriu que, a princípio, deverá ser aberta uma missão comercial dentro da proposta de instalação de uma embaixada israelense em Abu Dhabi. O jornal prosseguiu: “Os setores industriais que mais ganharão com o acordo devem ser cibernética, equipamentos médicos, tecnologia financeira e comunicações”. A televisão israelense chegou a mencionar que as exportações do país aos Emirados Árabes Unidos – hoje estimadas em torno de US$300.000 por ano – podem chegar a índices de US$300 a US$500 milhões anuais.

Logo após o acordo, a revista The Economist destacou: “Israelenses deverão juntar-se às hordas de estrangeiros prósperos que abriram negócios ou compraram imóveis luxuosos no emirado costeiro.”

Sanam Vakil, vice-diretor do Programa para Oriente Médio e Norte da África da Câmara Chatham, em Londres, observou que há diversas oportunidades para investimentos e tecnologia, além dos setores de turismo, comércio e outros. “Este relacionamento [após o acordo] foi cultivado nos bastidores por anos e anos e sua instauração permite agora a ambos os países que colham os ganhos econômicos juntos, e não exclusivamente, beneficiando-se silenciosamente de ganhos em termos de inteligência e segurança.”

Entretanto, o Financial Times ressoou uma nota de cautela. Reportou empresários e oficiais que dizem: “Uma longa história de suspeita combinada com a natureza instável das alianças do Oriente Médio e dificuldades práticas podem provar-se uma barreira inicial aos elementos promissores de comércio, turismo e segurança, prometidos pelo Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu”. Segundo um oficial israelense de alto escalão, os frutos deste relacionamento não serão imediatos. “Devagar, devagar”, alegou o diplomata. “Eles não atendem o telefone desde 1971 [quando foram criados os Emirados Árabes Unidos]. Vamos aprender primeiro a caminhar, depois podemos nos abraçar e dançar juntos.”

LEIA: Avião com delegação israelense sobrevoará o espaço aéreo saudita para os Emirados

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.

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