![Bote da patrulha de fronteira leva um grupo de refugiados, possivelmente resgatados de barcos no Canal da Mancha, para o porto de Dover, Inglaterra, 9 de agosto de 2020 [Glyn Kirk/AFP/Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/09/GettyImages-1227973608-scaled-e1597154917715.jpg?resize=933%2C622&quality=75&strip=all&ssl=1)
Mais de 400 pessoas atravessaram o Canal da Mancha em apenas um dia, recorde nas travessias. O dia anterior registrou 145 pessoas.
A faixa estreita de água conecta a França à Grã-Bretanha e tornou-se rota regular para refugiados que desejam chegar ao território britânico. Embora relativamente curta, é uma jornada perigosa, devido à baixa temperatura das águas e fortes correntes submarinas.
Em agosto, um adolescente sudanês de 16 anos foi levado pelo mar a uma praia perto de Calais, na França, após afogar-se na rota franco-britânica. Dois menores de idade navegavam em um pequeno bote, utilizando pás como remos, quando tiveram dificuldades e caíram no mar. Apenas um deles sobreviveu.
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Após o incidente, houve apelos para implementação de rotas mais seguras a pessoas em busca de asilo, a fim de propor alternativas à perigosa jornada do Canal da Mancha.
O governo britânico pede que a França processe os pedidos de asilo e impeça os refugiados de viajar ao Reino Unido. A abordagem britânica é motivo de crítica generalizada. O Primeiro-Ministro Boris Johnson alega trabalhar para tornar “inviável” a viagem pelo Canal da Mancha.
O Ministério da Defesa do Reino Unido recentemente confirmou que um drone do exército britânico, utilizado em zonas de guerra, passará a sobrevoar o canal para monitorar embarcações que realizam a travessia.
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No fim de agosto, o Ministério do Interior publicou um vídeo atacando “advogados militantes” que supostamente atrasavam ou prejudicavam o processo de deportação dos refugiados. O vídeo foi deletado, após duras críticas de instituições legais, políticos e acadêmicos.
À medida que políticos populistas intensificam a retórica anti-imigração, figuras influentes fora do governo buscam ajudar os refugiados, sob risco.
No fim de agosto, o artista de rua Banksy comprou um barco de resgate para salvar refugiados na rota África-Europa. O barco de Banksy resgatou 89 refugiados em um único dia, no Mar Mediterrâneo Central.