Nesta quarta-feira (2), a organização humanitária Anistia Internacional emitiu um relatório acusando o Irã de violações generalizadas contra direitos humanos, durante violenta repressão a protestos antigoverno, em 2019.
As informações são da agência Reuters.
O relatório inclui alegações de “estupro, desaparecimento forçado, tortura e outros maus tratos” contra cidadãos detidos por envolvimento nas manifestações populares que eclodiram em novembro de 2019.
Os protestos começaram devido ao aumento nos preços de combustíveis, mas transformaram-se em ato político, à medida que manifestantes por todo o país passaram a exigir a renúncia de oficiais de alto escalão.
“Os presos incluíam manifestantes pacíficos e testemunhas; entre os quais, crianças em idade escolar, com até 10 anos de idade”, reportou o relatório.
Forças de segurança utilizaram diversas técnicas contra os detidos, entre os quais “afogamento simulado, espancamento, açoitamento, choques elétricos, gás de pimenta contra genitais, violência sexual, execuções simuladas, arrancamento de unhas e confinamento solitário”.
Autoridades iranianas estimaram que aproximadamente 200.000 pessoas participaram dos protestos. O chefe do comitê de segurança do parlamento nacional declarou que ao menos 7.000 manifestantes foram presos, na ocasião.
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