Nesta quinta-feira (3), equipes de resgate do Líbano detectaram sinais de vida sob os escombros de um edifício em uma área residencial de Beirute, que colapsou após a enorme explosão no porto próximo, em 4 de agosto.
As informações são da agência Reuters.
A agência de notícias estatal NAA reportou, no início da noite, que a equipe – com auxílio de cães de resgate – localizou movimento sob um edifício destruído na região de Gemmayze, uma das mais atingidas pela explosão.
A enorme explosão em Beirute resultou em cerca de 190 mortos, mais de 6.000 feridos e centenas de milhares de desabrigados.
“Estes sinais [respiração e pulso], junto do sensor de temperatura, significam que há possibilidade de vida”, relatou Eddy Bitar, trabalhador da defesa civil, a repórteres no local.
Após horas e horas de escavação, contudo, a operação foi suspensa, pois o edifício foi considerado instável demais. Maquinário pesado foi requisitado para suspender os escombros com segurança e não poderia chegar no local até a manhã de hoje (4).
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“Há muito risco à equipe”, Michel el-Mur afirmou a repórteres. “Há cerca de dez deles lá em cima e não podemos arriscar nenhum”.
A equipe de resgate inclui voluntários do Chile, voluntários locais e membros da defesa civil.
Notícias do resgate levaram multidões a se formarem no entornos da área. Algumas pessoas demonstraram indignação pela pausa nos esforços de resgate, o que sintetiza uma cidade desesperada por esperança.
“Vergonha! Vergonha! Não há uma alma aqui!”, gritou uma mulher aos membros do exército libanês que guardavam o local.
Mais cedo, trabalhadores de resgate em coletes brilhantes escalaram o edifício, que desmoronou com a explosão. O prédio abrigava um bar em seu andar térreo. Um profissional da defesa civil levou um cachorro treinado para vasculhar os destroços.