A Polícia Militar de São Paulo, e em especial sua “unidade de elite” – a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) -, uma das que mais matam no mundo, está prestes a receber 10 (dez) metralhadoras Negev 7.62 compradas pelo Governo Doria da IWI (Israel Military Industries).
A denúncia está sendo feita pelo movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanção (BDS), que promove a campanha para barrar a compra, no momento em que o Brasil sedia a 12ª edição da chamada “Feira da Morte”. De hoje (08) à quinta-feira (10), o evento movimenta o setor no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
O movimento BDS é a principal campanha de solidariedade internacional aos palestinos exigindo que se cumpram seus direitos humanos fundamentais e promove conjuntamente as campanhas “Não à Feira da Morte” e por Embargo Militar a Israel.
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O texto para barrar a compra de armas pelo governo de São Paulo explica que o início da entrega das encomendas foi anunciado pela empresa sionista em 12 de agosto , envolvendo “equipamentos leves, automáticos, de calibre restrito e uso sobretudo em campo aberto, que disparam 600 a 750 balas por minuto, o que nos faz pensar sobre as intenções de seus usos. Para se ter uma noção, a grande mídia divulgou as licitações como uma compra de armas similares às utilizadas por “Rambo”.
A campanha alerta para o alto poder de letalidade das armas em negociação. “Acreditamos que o resultado será a intensificação do genocídio de pobres e negros nas periferias paulistas.” diz o documento que acusa Israel de testar suas armas antes nas “cobaias” palestinas pelo apartheid israelense.
“As metralhadoras (calibre 7,62x51mm) têm potencial para promover verdadeiros massacres em áreas residenciais densamente povoadas, como as favelas de São Paulo, em que vivem mais de 2 milhões de pessoas. Ou seja, mais dor e derramamento de sangue e lágrimas do povo palestino e do nosso povo, principalmente, pobre e negro.”, alerta a campanha.
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