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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Trump é indicado ao Prêmio Nobel da Paz por acordo Israel-Emirados

Christian Tybring-Gjedde, parlamentar norueguês conservador, elogiou Trump por mediar a normalização das relações entre os países

O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2021 por mediar o “acordo de paz” entre Emirados Árabes Unidos e Israel.

O parlamentar norueguês Christian Tybring-Gjedde elogiou Trump por seu papel na normalização das relações diplomáticas e econômicas entre os estados. À rede americana Fox News, declarou o político nacionalista conservador: “Por seu mérito, penso que fez mais para criar a paz entre nações do qualquer outro candidato ao prêmio Nobel.”

Em carta, Tybring-Gjedde alegou ter esperanças de que o controverso pacto leve a maior normalização de laços com o estado sionista, na Oriente Médio.

Escreveu: “Como esperado, outros países do Oriente Médio seguirão os passos dos Emirados Árabes Unidos. Este acordo pode ser um divisor de águas, capaz de transformar o Oriente Médio em uma região repleta de cooperação e prosperidade.”

LEIA: Trump sediará assinatura do acordo Israel-Emirados Árabes em 15 de setembro

Tybring-Gjedde também elogiou Trump por seu “papel fundamental ao facilitar contato entre as partes conflitantes” e “criar novas dinâmicas em outros conflitos prolongados, como a disputa na fronteira da Caxemira, entre Paquistão e Índia, e o conflito entre as Coreias, além de tratar das capacidades nucleares da Coreia do Norte.”

Não é a primeira vez que Tybring-Gjedde decide indicar alguém controverso para o Prêmio Nobel da Paz. Em 2006, o parlamentar linha dura anti-imigração nomeou a cineasta somali-holandesa Ayaan Hirsi Ali, crítica ferrenha do Islã, para receber a honraria. As críticas de Hirsi Ali chegaram ao ponto de relacionar o hijab e outros trajes religiosos ao uniforme nazista ou ao grupo supremacista branco Ku Klux Klan.

Tybring-Gjedde é um defensor enfático do Estado de Israel e participou de diversos eventos e manifestações em apoio à ocupação sionista. Como membro do grupo Amigos de Israel no Parlamento da Noruega, o político conservador opõe-se veementemente ao reconhecimento da Palestina como estado.

Tybring-Gjedde ameaçou processar a Suécia, país vizinho na Escandinávia, por reconhecer a Palestina, em 2014. Além disso, acusou o Primeiro-Ministro da Noruega Børge Brende de “ingenuidade”, por condenar publicamente o uso de força desproporcional sobre Gaza.

Trump deve realizar uma cerimônia de assinatura do pacto Israel-Emirados em 15 de setembro. Em meados de agosto, o governo dos Estados Unidos anunciou o acordo de normalização das relações entre os dois países.

LEIA: Países árabes estariam pressionando palestinos a aceitar o ‘acordo de paz’ de Trump

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