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Israel usa 3 estratégias para apagar locais religiosos da Palestina, diz observatório

Mesquita na Cisjordânia em 27 de julho de 2020 [Agência İssam Rimawi / Anadolu]
Mesquita na Cisjordânia em 27 de julho de 2020 [Agência İssam Rimawi / Anadolu]

Machsom Watch, observatório de direitos humanos israelense,apontou três estratégias as usadas pelas autoridades de ocupação israelenses para apagar locais religiosos palestinos.

O Al-Quds Al-Araby noticiou na sexta-feira o relatório da organização que identificou muitos

locais islâmicos espalhados por Israel e territórios ocupados, com nomes de profetas e estudiosos, parte dos quais é declarada como área militar.

O grupo israelense informou que os peregrinos costumavam visitar os locais para orar durante os feriados religiosos ou para se recuperar de doenças. Às vezes, eles visitavam esses lugares para organizar reuniões familiares.

De acordo com Machsom Watch, desde o início da ocupação, as autoridades israelenses têm dois pesos e duas medidas no trato com esses locais, dando mais atenção aos locais com nomes de profetas mencionados na Torá, seja em Israel ou nos territórios ocupados.

Para apagar esses sites e suas identidades, as autoridades israelenses os declaram como parte de zonas militares. A ONG descreve essas zonas como assentamentos ou áreas para treinamento militar, às quais os palestinos são impedidos de acessar.

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Machsom Watch revelou que outra estratégia é adicionar esses locais a reservas naturais supervisionadas pelas autoridades que protegem reservas e locais religiosos.

Desta forma, os locais sagrados islâmicos e palestinos perdem suas identidades porque se tornam desconhecidos com a interrupção das visitas regulares, afirma o relatório.

A terceira estratégia é ignorar os locais sagrados que não têm nomes de profetas mencionados na Torá, e investir fundos apenas naqueles que o são, alegando que são locais judaicos.

Machsom Watch confirmou que as autoridades israelenses organizam visitas regulares de judeus a esses lugares, sob o pretexto de peregrinação religiosa.

A ong deu exemplos das Tumbas de Joseph e Rachel na cidade ocupada de Nablus, na Cisjordânia.

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Já em relação aos locais sagrados na Área C, Israel evita sua renovação até que colapsem por falta de manutenção.

O grupo de direitos humanos mencionou nomes de dezenas de locais sagrados, apontando a Tumba de Salman Al-Farisi, que está localizada no topo da montanha Salman Al-Farisi. Este lugar foi dado ao assentamento israelense de Yitzhar, que o transformou em uma reserva natural.

Colonos judeus extremistas vivem neste assentamento, provocando os palestinos ao destruir suas árvores e impedi-los de rezar na mesquita de Salman Al-Farisi.

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