As enchentes no Sudão resultaram em 102 mortos, 46 feridos e mais de 550.000 pessoas afetadas em dezessete dos dezoito estados do país norte-africano, alertou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
“Mais de meio milhão de pessoas foram afetadas pelas inundações no Sudão – maior número de pessoas afetadas por enchentes em qualquer país do mundo, em mais de duas décadas”, indicou a agência da ONU.
Prosseguiu: “Estima-se que 102 pessoas morreram e 46 outras foram feridas, segundo os últimos números do governo sudanês. Até então, dezessete dos dezoito estados foram afetados. O estado de Cartum é o mais afetado, com mais de 100.000 pessoas em necessidade de assistência urgente.”
“Mais de 500 km² de terras sofreram inundações nos estados de Cartum, Al Gezira e Nilo Branco; mais de 100.000 casas foram destruídas ou danificadas … A situação pode deteriorar-se nos próximos dias, com previsão de fortes chuvas na Etiópia e partes do Sudão. As chuvas devem aumentar os níveis de água do Rio Nilo Azul, maior volume em cem anos”, reiterou o relatório apresentado às Nações Unidas.
O governo do Sudão declarou estado de emergência nacional por três meses para reforçar os esforços diante das tempestades no país, ao alegar que o próprio governo, agências da ONU, ongs e o exército sudanês estão oferecendo assistência a milhares de pessoas nas áreas afetadas.
LEIA: Inundações no Sudão ameaçam sítios arqueológicos de 700 a.C.
Segundo o OCHA: “Há lapso significativo na oferta de abrigo, cuidados de saúde, água e materiais de higiene.”
Recorde de enchentes no Sudão causam mortes e destruição
“Sistemas de drenagem não são confiáveis ao tratar-se de água parada; o acesso a água potável e sistemas sanitários foi gravemente afetado”, reportou ainda a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a situação no Sudão.
“Suprimentos foram entregues para garantir a qualidade da água e prevenir infecções; medidas de controle estão em vigor nas áreas afetadas além de envios assistenciais para conter doenças propagadas por vetores, como dengue, chikungunya e malária”, concluiu a OMS.