O grupo de direitos humanos Anistia Internacional afirmou que qualquer acordo de paz entre Israel e Palestina deve incluir a remoção de todos os assentamentos ilegais israelenses, reportou a rede The New Arab.
Em resposta à recente normalização dos laços entre Israel e estados árabes, a organização afirmou que todas as violações sistemáticas de direitos humanos devem chegar ao fim, ao incluir justiça e indenização às vítimas de tais crimes.
Em nota no Twitter, a Anistia alertou que nenhum acordo “poderá alterar os deveres legais de Israel como potência ocupante, conforme a lei humanitária internacional, tampouco privar os palestinos de seus direitos e proteções garantidos pela lei internacional.”
Os comentários da organização sucederam o pacto de normalização entre Israel e Bahrein, anunciado na sexta-feira (11), quase um mês depois dos Emirados Árabes Unidos.
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O acordo foi mediado pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump que declarou “vitória diplomática” e “avanço histórico”.
O Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, o Rei do Bahrein Hamad e Trump afirmaram, em nota conjunta: “A abertura de diálogo direto e laços entre essas duas sociedades dinâmicas e economias avançadas continuará a transformação positiva do Oriente Médio e implementará maior estabilidade, segurança e prosperidade à região”.
Os Estados Unidos sugeriram ainda que outros países árabes devem acompanhar o exemplo do Bahrein e Emirados Árabes Unidos.