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Refugiados resgatados por petroleiro dinamarquês aportam na Itália após 40 dias

Refugiados chegam no porto de Napoli, Itália, 23 de outubro de 2016 [Alessio Paduano/Agência Anadolu]
Refugiados chegam no porto de Napoli, Itália, 23 de outubro de 2016 [Alessio Paduano/Agência Anadolu]

Um grupo de refugiados isolados a bordo de um petroleiro dinamarquês, à deriva no Mar Mediterrâneo por mais de um mês, recebeu permissão para enfim aportar na Sicília, neste sábado (12), após a Itália consentir em acolhê-los, reportou a ong Mediterranea.

As informações são da agência Reuters.

Os 25 refugiados desembarcaram mais tarde, no sábado, na cidade portuária de Pozzallo, na Sicília, sul da Itália, sob justificativa de saúde, encerrando o “pesadelo” em alto mar, declarou em nota a ong italiana.

“O mais longo e mais vexatório impasse na história marítima da Europa termina”, afirmou a Mediterranea em sua página do Twitter, após o desembarque dos refugiados.

Os imigrantes foram transferidos na sexta-feira (11) ao navio humanitário italiano Mare Jonio, operado pela ong, após permanecerem ancorados à bordo do Maersk Etienne, operado pela companhia dinamarquesa Maersk Tankers, na costa de Malta, desde agosto.

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As pessoas a bordo estavam “em condições graves de saúde física e psicológica, que tornavam impossível para elas permanecerem no navio petroleiro”, afirmou a Mediterranea, após a transferência.

Em 4 de agosto, a tripulação do Maersk Etienne resgatou os refugiados, incluindo uma mulher grávida, perto de Malta, em um precário bote de madeira à deriva por dias. A embarcação improvisada naufragou logo após a operação de resgate.

Autoridades de Malta, Itália e Líbia recusaram-se a permitir que os refugiados aportassem, segundo a empresa operadora do Maersk Etienne.

“Este bloqueio de 40 dias é intolerável”, alertou a ong francesa SOS Mediterranee no Twitter, em outra ocasião, ao reivindicar dos países da União Europeia uma solução para os quase 300 refugiados a bordo de um navio operado pelo grupo espanhol Open Arms.

Por anos, a Itália representa a rota principal de centenas de milhares de requerentes de asilo e outros imigrantes à Europa. A costa oriental da Líbia representa o principal ponto de partida para refugiados africanos que esperam chegar ao território europeu.

Os números começaram a cair após esforços repressivos da Itália contra redes de tráfico humano e em apoio à guarda costeira da Líbia, com o objetivo de interceptar barcos de refugiados. Contudo, voltaram a apresentar aumento significativo em 2020.

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