O Ministro de Relações Exteriores da Hungria Peter Szijjarto será o único líder de diplomacia de um país-membro da União Europeia a comparecer na cerimônia de assinatura do “acordo de paz” entre Israel e Emirados Árabes Unidos, prevista para esta terça-feira (15), em Washington, confirmou seu porta-voz, no domingo (13).
As informações são da agência Reuters.
“A convite do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, como único ministro da União Europeia, o chanceler Peter Szijjarto participará … da cerimônia de assinatura na Casa Branca, nesta terça-feira”, declarou Mate Paczolay à agência de notícias húngara MTI.
Sob o acordo, mediado por Trump, Israel supostamente concordou em suspender seus planos de anexação ilegal de grandes áreas da Cisjordânia ocupada. O pacto também busca impor-se contra a posição regional do Irã, considerado por Israel, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos como maior ameaça a seus interesses no Oriente Médio.
Trump, às vésperas da eleição presidencial americana, sob difícil candidatura contra o ex-vice-presidente Joe Biden, anunciou o acordo israelo-emiradense em agosto último. Na sexta-feira (11), declarou que Bahrein também normalizará relações com o estado sionista.
As principais potências europeias, como França e Reino Unido, acolheram bem o pacto entre Israel e Emirados, assim como o comitê executivo da União Europeia, que afirmou tratar-se de algo positivo para a estabilidade regional.
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O Primeiro-Ministro da Hungria Viktor Orban é amplamente criticado no bloco europeu por sua retórica anti-imigração e pela erosão de padrões democráticos em termos de mídia, judiciário e universidades, no país. Contudo, mantém-se um dos principais e mais contundentes apoiadores de Trump na Europa.
“Desde o momento no qual a Casa Branca preparou uma nova agenda para estabilizar a região, trata-se este do segundo acontecimento a provar tais propostas como melhor plano de paz até então e maior promessa à paz, enfim, no Oriente Médio”, escreveu Szijjarto no Facebook, no último sábado (12).
“O Presidente dos Estados Unidos merece gratidão”, concluiu o chanceler húngaro, ao elogiar ainda os líderes de Israel, Emirados e Bahrein.
Szijjarto também deverá se reunir com Jared Kushner, genro e conselheiro sênior de Trump, declarou o porta-voz da chancelaria húngara.