O fogo teve início em uma loja de departamento em construção, localizada na parte norte do bazar de Beirute. As obras no edifício projetado pela falecida arquiteta anglo-iraquiana Zaha Hadid estavam quase completas, segundo fontes da Al Arabiya.
Registro em vídeo circulou nas redes sociais; chamas alaranjadas e fumaça preta tomaram a lateral no edifício futurista.
Um oficial da Defesa Civil do Líbano afirmou posteriormente que o incêndio foi extinto com sucesso, ao reiterar que uma investigação sobre a causa do incidente será aberta.
O incêndio de hoje é o terceiro a assolar Beirute em apenas sete dias, após dois outros ocorrerem no porto da capital libanesa, na última semana.
Na quinta-feira (10), um incêndio irrompeu em um dos armazéns do porto de Beirute, criando uma enorme coluna de fumaça que tomou o céu da cidade. O fogo, alimentado por contêineres de óleo para motor e pneus de carros, foi extinto rapidamente, segundo o Exército do Líbano.
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Entretanto, sucessivos fogos causaram pânico entre os residentes de Beirute, muitos traumatizados pela explosão de 4 de agosto, que devastou toda a cidade.
O desastre de agosto teve início quando 2.750 toneladas de nitrato de amônio entraram em combustão, resultando em quase 200 mortos, milhares de feridos e cerca de 300.000 desabrigados, além de enorme dano material.
O Líbano enfrenta ainda uma crise financeira sem precedentes. A população responsabiliza o governo e a elite política por corrupção endêmica e negligência.
A explosão de agosto forçou a renúncia de todo o governo do Primeiro-Ministro Hassan Diab, vista como ápice de décadas e décadas de má gestão pública.
Após a catástrofe, a comunidade internacional, incluindo a antiga força colonial sobre o Líbano, voltou a pressionar por reformas abrangentes no país árabes, há muito reivindicadas pelo povo libanês, a fim de conter o colapso e gerir as crises econômica, social e sanitária.
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