A União Europeia (UE) contribuiu com U$ 594.897 para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) para melhorar as medidas de higiene e saneamento na Cisjordânia ocupada.
A agência de notícias Wafa informou que a nova contribuição é destinada à saúde e segurança dos refugiados palestinos, incluindo medidas especiais de mitigação de risco para evitar a superlotação nos centros de distribuição e o fornecimento seguro de assistência alimentar e EPI para o pessoal da linha de frente.
Gwyn Lewis, diretor de Operações da Cisjordânia da UNRWA, disse que a agência está “extremamente grata pelo apoio humanitário da UE”.
Ele afirmou que “muitos refugiados da Palestina em quarentena domiciliar estão lutando para sobreviver. O fornecimento de materiais básicos de higiene não só garante que as famílias tenham o que precisam em casa para se proteger, mas também reduz a carga econômica que enfrentam, o que significa que podem pagar para ficar em casa. ”
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O recurso também ajudará as famílias que sofrem com condições econômicas difíceis com os itens de higiene muito necessários, especialmente em áreas que registraram um aumento nas infecções por covid-19.
Na Cisjordânia ocupada, 35.663 casos foram confirmados junto com 214 mortes. Isso inclui 8.550 casos em Jerusalém Oriental, enquanto a governadoria de Hebron foi a mais atingida.
A Autoridade Palestina impôs bloqueios nas áreas afetadas e proibiu reuniões públicas, incluindo casamentos e festas de formatura. Em Gaza, 1.631 casos foram notificados e 11 mortes.
Os campos de refugiados da Palestina viram um aumento na quantidade de lixo produzido devido aos recentes bloqueios impostos pelas autoridades locais, o que resultou em uma carga adicional para os trabalhadores de saúde ambiental da UNRWA.
Esta doação permitirá que a agência contrate os trabalhadores adicionais necessários para manter os campos limpos e seguros para os refugiados da Palestina.
A UNRWA foi criada em 1949 para fornecer assistência e proteção aos refugiados palestinos que foram expulsos de suas casas pelas gangues sionistas antes da criação do Estado de Israel sobre as ruínas de suas casas.
A organização está atualmente oferecendo seus serviços a cerca de 5,3 milhões de refugiados palestinos nos territórios ocupados, Jordânia, Líbano e Síria. No entanto, vem sofrendo uma grave crise financeira desde 2018 devido à suspensão das contribuições dos EUA.