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EAU compra silêncio de jornalistas egípcios sobre acordo de normalização

Um homem lê jornal em calçada do Cairo, Egito, 15 de dezembro de 2019 [MOHAMED EL-SHAHED / AFP / Getty Images].
Um homem lê jornal em calçada do Cairo, Egito, 15 de dezembro de 2019 [MOHAMED EL-SHAHED / AFP / Getty Images].

Membros do Sindicato de Jornalistas do Egito ignoraram a questão dos acordos de normalização entre os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Israel, informou New Khaleej na quarta-feira. Aparentemente, isso ocorre porque os Emirados Árabes Unidos pagaram aos membros do sindicato para não cobrir os acordos.

Além disso, o sindicato, que era conhecido por seu apoio aos palestinos, não emitiu qualquer declaração sobre a normalização dos EAU e Bahrein com o estado de ocupação. O que é uma surpresa, visto que o sindicato no Egito foi, em 1980, o primeiro órgão do gênero a criminalizar a normalização sindical com Israel.

No entanto, ficou evidente que desde o anúncio do acordo de normalização entre os EAU e Israel, em 13 de agosto, o sindicato tem tentado fazer com que seus 12.000 membros assinem uma declaração condenando o acordo. Até agora, menos de 600 o fizeram.

De acordo com o jornal libanês Al-Akhbar, isso ocorre porque o líder do Sindicato dos Jornalistas Egípcios, Diaa Rashwan, é membro do Dubai Press Club e é pago pelos EAU. Ao mesmo tempo, a maioria dos membros do sindicato trabalha para plataformas de notícias dos EAU, e tem medo de expressar sua oposição ao acordo, perdendo com isso seus empregos.

LEIA: Presidente do Egito elogia a normalização do Bahrein e Israel

Os intelectuais e escritores egípcios, por sua vez, não expressaram qualquer opinião contra a normalização, supostamente para não serem proibidos de participar de feiras de livros e competições, realizadas nos Estados do Golfo.

Em julho, jornalistas árabes do Egito, Marrocos e Jordânia participaram de uma conferência virtual organizada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel sobre a resposta do estado sionista à Covid-19.

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