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EUA anunciam novas sanções a empresas e indivíduo ligados ao Hezbollah

Uma bandeira do Hezbollah tremula no Líbano, 02 de setembro de 2019 [MAHMOUD ZAYYAT / AFP / Getty Images].
Uma bandeira do Hezbollah tremula no Líbano, 02 de setembro de 2019 [MAHMOUD ZAYYAT / AFP / Getty Images].

Os EUA anunciaram um novo conjunto de sanções contra duas empresas e um indivíduo por causa de ligações com Hezbollah, relata a Associated Press (AP).

Os EUA, há muito, consideram o grupo xiita apoiado pelo Irã como uma organização terrorista e, freqüentemente, têm como alvo sanções às autoridades ligadas ao grupo.

As novas sanções visam as empresas Arch Consulting e Meamar Construction “por serem propriedade, controladas ou dirigidas pelo Hezbollah”, reporta AP citando o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos para sanções de ativos estrangeiros (OFAC, em inglês).

A agência dos EUA também sancionou o sultão Khalifah Asaad, quem é dito como alto funcionário do Conselho Executivo do Hezbollah, por sua suposta associação com as duas empresas.

“Os Estados Unidos seguem comprometidos em atingir o Hezbollah e seus apoiadores, pois eles abusam de forma corrupta dos recursos libaneses para enriquecer seus líderes, enquanto o povo libanês sofre com serviços inadequados”, explicou Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, em comunicado.

A medida ocorre menos de dez dias depois que os EUA oficialmente sancionaram dois ex-ministros libaneses – o ex-ministro de Obras Públicas e Transportes Youssef Fenianos e o ex-ministro das Finanças Ali Hassan Khalil – sobre suposta corrupção e ligações com o Hezbollah.

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Enquanto isso, um alto funcionário do Departamento de Estado afirmou ontem que o Hezbollah tem estoques de nitrato de amônio, uma substância que pode ser usada para fazer explosivos, em vários países europeus, de acordo com um relatório da AP.

O produto químico, que causou a grande explosão do mês passado em Beirute, foi armazenado pelo Hezbollah na Bélgica, França, Grécia, Itália, Espanha e Suíça nos últimos anos, de acordo com Nathan Sales, coordenador do Departamento de Estado para o combate ao terrorismo.

Sales, que não ofereceu nenhuma evidência para a reclamação, teria feito as acusações como parte de um apelo mais amplo para que os países europeus tornem oficialmente ilegal a organização xiita, disse a AP.

“Por que o Hezbollah armazenaria nitrato de amônio em solo europeu?” As vendas foram citadas pela AP como dizendo. “A resposta é clara: o Hezbollah instalou essas armas, para que pudesse conduzir grandes ataques terroristas sempre que ele ou seus comandantes em Teerã considerassem necessário.”

A UE definiu a ala militar do Hezbollah como organização terrorista, mas não o braço político do grupo, que fez parte dos governos libaneses nos últimos anos.

Outros estados europeus, como Alemanha, Kosovo e o Reino Unido, baniram as alas militar e política da organização, não encontrando distinção entre as duas. Sales, em declaração ontem, exortou mais países a fazerem o mesmo.

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