Na quinta-feira (17), a Organização das Nações Unidas reportou que 730.000 pessoas foram gravemente afetadas pelas enchentes no Sudão, considerada a pior crise enfrentada pelo país em décadas.
Uma nota emitida pelo Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) abordou a questão das enchentes constantes que incorrem ao Sudão, desde o início da temporada de chuvas, em junho.
Relatou: “Mais de cem pessoas morreram e o número de pessoas criticamente afetadas excedeu 730.000 vítimas, até 16 de setembro … As pesadas chuvas no período de semanas causaram mortes, deslocamento e destruição de infraestrutura essencial e meios de subsistência por todo o país.”
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A declaração da ONU observou ainda que entidades humanitárias, que expandiram suas operações em apoio à resposta do governo, conseguiram entregar auxílio humanitário urgente a 320.000 pessoas, além de conceder abrigos, água potável e serviços de saúde.
Diversos países – em particular, Turquia, Catar, Egito, Iraque e Arábia Saudita – continuam a enviar assistência ao Sudão, a fim de ajudar as autoridades em seus esforços para atenuar os efeitos das inundações, que levaram ao deslocamento de milhares de pessoas.
Também na quinta-feira, o Ministério do Interior do Sudão declarou que 118 pessoas morreram e 54 ficaram feridas, devido às enchentes que tomaram o país. Segundo o comunicado, 78 pessoas se afogaram, 32 morreram devido ao desabamento de casas e oito faleceram por choques elétricos
O ministério relatou ainda que 97.062 casas foram afetadas pelo desastre, incluindo 40.236 casas totalmente destruídas e 57.826 casas parcialmente danificadas. Além disso, 97.791 acres de terra agrária, 396 lojas e depósitos e 224 instalações de infraestrutura foram danificadas pelas chuvas. Estima-se ainda que 5.950 cabeças de gado morreram até então.
Em 5 de setembro, o Conselho de Segurança e Defesa do Sudão declarou estado de emergência por todo o país, pelo período de três meses, ao classificar o território nacional como área de desastre natural.
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