Os Emirados Árabes Unidos (EAU) contrataram milhares de mercenários e enviaram 450 deles ao Iêmen para executar assassinatos de alto perfil, denunciou o Instituto Internacional para Direitos e Desenvolvimento e a Fundação Radar de Direitos, na quinta-feira (17).
Ambos os grupos divulgaram a nota durante a 45ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra, Suíça.
“O Instituto Internacional para Direitos e Desenvolvimento e a Fundação Radar de Direitos demonstram grave preocupação sobre a escalada dos casos de assassinato no Iêmen, conduzidos por mercenários”, reportou o comunicado.
Prosseguiu:
Os Emirados Árabes Unidos contrataram mercenários americanos para executar assassinatos de alto perfil no Iêmen. [Os mercenários] conduziram uma série de operações em Aden e outras cidades, resultando na execução de dezenas de políticos e figuras públicas, durante os últimos cinco anos de conflito no Iêmen.
Segundo as entidades humanitárias: “Cerca de 30.000 mercenários de quatro países latino-americanos foram contratados pelos Emirados Árabes Unidos; ao menos 450 foram enviados ao Iêmen após treinamento concedido por instrutores dos Estados Unidos.”
“Mais de 80% dos políticos, legisladores e profissionais de mídia do Iêmen foram deslocados local ou globalmente, em busca de segurança, por tornarem-se potencialmente alvos de assassinatos”, detalhou a nota, ao alegar “risco extremo” à vida no país árabe.
“[Os mercenários] tiram vantagem da indiferença da ONU a seus abusos de direitos humanos no Iêmen, para continuar com seus crimes impunemente”, reiterou a declaração. “[A situação] demanda ações efetivas da ONU, não apenas palavras gentis. Basta!”
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