Um grupo de 61 parlamentares franceses denunciou os “acordos de paz” assinados entre Israel e estados do Golfo (Emirados Árabes Unidos e Bahrein) por “minar a possibilidade de uma paz abrangente” na região, reportou ontem (21) a rede Arab48.
Segundo os parlamentares, “ao contrário do que foi entusiasticamente anunciado por Trump, o documento assinado na Casa Branca não é um acordo de paz”. O grupo reiterou que Emirados e Bahrein não travaram guerras com Israel, ao contrário de Egito e Jordânia.
Este acordo de normalização reconhece a ocupação de fato dos territórios palestinos e não concede nada aos palestinos.
Conforme a denúncia dos parlamentar, o tratado também viola o consenso da Iniciativa de Paz Árabe, adotado pelo estados árabes sobre a questão.
Enquanto isso, o Catar reiterou no domingo (20) sua posição em relação à ocupação israelense e à criação de um estado palestino, com Jerusalém como capital, conforme resoluções internacionais relacionadas ao assunto.
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A manifestação ocorreu após um oficial americano ter afirmado que o Catar havia respondido positivamente à normalização com Israel.
Em 13 de agosto, o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou um “acordo de paz” entre Emirados Árabes Unidos e Israel, mediado por Washington, para normalizar relações entre os países.
O governo emiradense alega que o acordo foi um esforço para conter os planos israelenses de anexação ilegal de grandes partes da Cisjordânia ocupada.
Críticos, no entanto, argumentam que as negociações para instituir laços com a entidade sionista ocorrem há anos, ao destacar reiteradas visitas de oficiais israelenses aos Emirados e sua participação em conferências no país do Golfo, que até então não possuía laços diplomáticos com o estado da ocupação.
Não obstante, em 17 de agosto, o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu repetiu que a anexação não está descartada, mas sim postergada, por ora.
O Bahrein seguiu os passos dos Emirados Árabes Unidos um mês depois.