Forças da ocupação israelense demoliram um salão de casamento que também servia como apartamento residencial em uma aldeia palestina, em Tulkarem, Cisjordânia ocupada.
Ihsan Awad, chefe do Conselho da Aldeia de Jubara, relatou à agência de notícias Wafa que a comunidade local foi surpreendida pela invasão das forças da ocupação israelense, junto de três tratores, com objetivo de destruir o prédio.
O edifício de 900 m² consistia em uma pequena casa habitada por uma família e o estabelecimento cerimonial. A família foi expulsa antes da demolição.
Segundo Awad, o salão destruído pertencia a um cidadão palestino de Israel, que recebeu comunicados de demolição previamente, sob pretexto de falta de alvará.
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Palestinos raramente conseguem obter alvarás de construção concedidos pelas autoridades de Israel, em particular, na região ocupada de Jerusalém Oriental. A população palestina crê que o verdadeiro propósito deste regime restritivo é expulsar os residentes árabes da região.
Mais cedo, em setembro, foi reportado que o número de alvarás concedidos por Israel a cidadãos palestinos nos territórios ocupados caiu em 45% no segundo trimestre de 2020.
O Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) relatou em abril de 2019 que Jerusalém Oriental vivencia “um regime restritivo de planejamento urbano por parte de Israel, que torna virtualmente impossível aos palestinos obterem alvarás de construção.”
As licenças para realizar obras essenciais são condicionadas a preços extorsivos, inacessíveis à maior parte dos palestinos, o que efetivamente cria uma lacuna jurídica para Israel anexar mais e mais terras, ao privar a população nativa do direito de desenvolver infraestrutura.
A política generalizada de demolição de casas por parte de Israel, que atinge famílias palestinas inteiras, é considerada punição coletiva ilegal, em violação direta das leis humanitárias internacionais.