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‘Sisi é o inimigo de Deus’, cantam no quarto dia de protestos contra o governo egípcio

O presidente egípcio, Abdel Fattal Al-Sisi, em Sochi, Rússia, em 24 de outubro de 2019 [Mikhail Svetlov / Getty Images].
O presidente egípcio, Abdel Fattal Al-Sisi, em Sochi, Rússia, em 24 de outubro de 2019 [Mikhail Svetlov / Getty Images].

Cidadãos egípcios protestaram pelo quarto dia consecutivo na noite de ontem, em resposta aos apelos de Mohamed Ali para tomarem as ruas e se unirem contra o regime dominante.

Ao longo de seu governo, o governo de Al-Sisi foi acusado de abusos dos direitos humanos, incluindo tortura sistemática de presos políticos, execuções extrajudiciais e demolição de casas em todo o país.

Ele também foi criticado por sua forma de lidar com a crise da Líbia e da Barragem Renascentista.

Moradores do distrito de Atfih, em Giza, atearam fogo a um veículo de segurança, relata Al-Araby Al-Jadeed.

Os manifestantes gritavam: “Fora Sisi”.

As forças de segurança atiraram contra multidões na área de Kafr Qandil e usaram gás lacrimogêneo contra elas.

No vilarejo de Al-Atf, ​​na governadoria de Giza, ao sul do Cairo, os manifestantes gritaram: “Saia e deixe nosso país ver a luz”.

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Em Minya Al-Hayit, governadoria de Fayoum, eles disseram: “Não existe Deus senão Deus … Sisi é o inimigo de Deus”.

As manifestações também continuaram em Al-Atf em Giza e pela primeira vez estouraram na cidade de Kerdasa e em Qusiya, Asyut.

Os protestos coincidem com o aniversário das manifestações de 20 de setembro de 2019 contra a corrupção, também convocadas por Mohamed Ali.

A maioria dos videoclipes que circulam nas redes sociais são de vilarejos egípcios no interior e de cidades menores.

Manifestantes do Egito pedem que Sisi renuncie - Charge [Sabaaneh / Monitor do Oriente]

Manifestantes do Egito pedem que Sisi renuncie – Charge [Sabaaneh / Monitor do Oriente]

Comentaristas disseram que a forte presença de segurança nas praças centrais do Cairo tornou difícil protestar por lá.

A maioria das pessoas nos videoclipes é jovem – entre 14 e 20 anos – relata o Egypt Watch.

Mohamed Ali disse que os protestos ajudaram a quebrar a barreira do medo sentido pelos egípcios comuns e é o início de uma jornada para derrubar o regime.

Usuários de redes sociais estão pedindo aos manifestantes que permaneçam nas ruas e continuem protestando até que Al-Sisi seja derrubado.

Eles estão apelando para que eles se dirijam à capital – às praças que a polícia isolou – e que invadam a Cidade de Produção de Mídia.

A mídia estatal egípcia negou e minimizou os protestos.

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