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No Iêmen, acumulam-se acusações de difícil acesso a remédios essenciais

Pacientes recebem tratamento médico em um hospital de campo em Sana’a, Iêmen, 1° de abril de 2019 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]
Pacientes recebem tratamento médico em um hospital de campo em Sana’a, Iêmen, 1° de abril de 2019 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

Nesta quinta-feira (24), o governo ligado aos rebeldes houthis do Iêmen voltou a acusar a coalizão liderada pela Arábia Saudita de negar o acesso a remédios essenciais, no país assolado pela guerra.

Segundo Taha al-Mutawakil, Ministro da Saúde do chamado Governo de Salvação Nacional, uma das primeiras investidas da coalizão árabe foi contra a infraestrutura de saúde iemenita, ao impor bloqueios severos, fechar o aeroporto da capital Sanaa e impedir a entrada de remédios no Iêmen.

Os comentários de Mutawakil foram parte de um discurso em comemoração do Dia Mundial do Profissional de Farmácia. O ministro enfatizou a importância de promover a pesquisa na área.

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“Remédios produzidos no Iêmen não cobrem 10% da demanda do país”, destacou Mutawakil. O restante é importado. O ministro também observou o impacto no setor de saúde causado pela falta de combustíveis no Iêmen.

Por outro lado, também nesta quinta-feira, Abdrabbuh Mansour Hadi, presidente exilado do governo reconhecido pela ONU, acusou o governo ligado ao movimento houthi de impedir a entrada de ajuda humanitária, após um alerta feito por Mark Lowcock, chefe do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), na última semana.

Na ocasião, Lowcock afirmou que o “espectro da fome” retornou ao Iêmen. Pela primeira vez, criticou nominalmente Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait por não doar absolutamente nada ao apelo humanitário deste ano, com valor previsto de US$3.4 bilhões.

Um relatório da organização Human Rights Watch (HRW) publicado na última semana revelou que doadores internacionais cortaram recursos em junho, parcialmente devido à “interferência sistêmica” nas operações de apoio por milícias houthi, forças de Hadi e separatistas do sul.

No discurso gravado de Hadi à Assembleia Geral da ONU, nesta semana, o presidente no exílio também pediu a autoridades do Governo de Salvação Nacional que permitam o acesso de uma equipe da ONU ao petroleiro Safer, abandonado no Mar Vermelho, sob riscos ambientais que poderão agravar a situação no Iêmen.

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