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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

400 presos até então nos chamados ‘levantes de jalabiya’, no Egito

Manifestantes egípcios entoam palavras de ordem e exibem cartazes durante protesto pela deposição do Presidente Abdel Fattah el-Sisi, no centro do Cairo, capital do Egito, 20 de setembro de 2019 [STR/AFP/Getty Images]
Manifestantes egípcios entoam palavras de ordem e exibem cartazes durante protesto pela deposição do Presidente Abdel Fattah el-Sisi, no centro do Cairo, capital do Egito, 20 de setembro de 2019 [STR/AFP/Getty Images]

Forças de segurança do Egito prenderam aproximadamente 400 pessoas durante os protestos contra o governo, até a noite de sexta-feira (25), segundo informações da rede Mada Masr.

Protestos contra o Presidente Abdel Fattah el-Sisi tomaram as ruas do Egito e já duram mais de uma semana, após chamado por ação popular unitária do empreiteiro Mohamed Ali, responsável por uma série de denúncias contra o regime.

A população do Egito é vítima de graves abusos de direitos humanos, custo de vida alto e demolições sistemáticas contra residências civis, sob diretrizes do atual governo.

Sisi chegou ao poder via golpe militar, após depor Mohammed Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, em 2013. Morsi foi eleito após a deposição popular do ex-ditador Hosni Mubarak, durante a revolução de 2011.

Desta vez, a maioria das manifestações ocorrem em aldeias e cidades no interior do país, devido à forte presença das forças policiais e militares nas praças da capital Cairo, assim como em Alexandria e Suez.

Forças do Egito são flagradas em agressão brutal contra um civil, em 23 de maio de 2015 [Body Cameras Required for Police Worldwide/Facebook]

Forças do Egito são flagradas em agressão brutal contra um civil, em 23 de maio de 2015 [Body Cameras Required for Police Worldwide/Facebook]

A onda de protestos tornou-se conhecida como ‘levante de jalabiya’, em referência à túnica tradicionalmente utilizada no interior do país, vista em muitos dos vídeos de protestos que viralizaram nas redes sociais.

Muitos dos presos são acusados arbitrariamente de filiação a grupos terroristas ou disseminação de fake news.

Apoiadores de Sisi alegam que os manifestantes pertencem à Irmandade Muçulmana, apesar do grupo não ter anunciado envolvimento nos protestos.

Sexta-feira (25) vivenciou um “dia de fúria” por todo o Egito. Forças de segurança responderam com brutalidade, ao utilizar gás de pimenta, balas de borracha e munição real contra os manifestantes.

A organização de direitos humanos Najda reportou que a polícia do Egito executou Sami Wagdy Bashir, de 25 anos, ao utilizar munição real contra protestos na aldeia de Al-Blida, na província de Gizé.

LEIA: Ativistas egípcios afirmam que três foram mortos em protestos contra o governo

A promotoria pública do Egito recentemente anunciou a soltura de 68 crianças presas desde o início das manifestações, em 20 de setembro. Todos os menores possuíam entre dez e quinze anos, a maioria da região do Alto Egito, foco dos protestos.

Dentre as crianças libertadas, estão dois meninos núbios de Aswan, presos durante protestos na região. Após a prisão dos meninos, manifestantes se reuniram em frente ao escritório do Ministério do Interior em Aswan para exigir sua soltura e prometeram intensificar os protestos caso a demanda não fosse cumprida.

Os protestos ocorrem um ano depois das manifestações de setembro de 2019, que resultaram em 4.000 pessoas detidas pelo regime de Sisi. A Anistia Internacional descreveu a onda de prisões políticas como uma das piores investidas repressivas na história moderna.

Grupos de direitos humanos reivindicam a libertação de todos os prisioneiros políticos no Egito.

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