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Liberadas 68 crianças presas desde o início dos protestos no Egito

Garotos núbios de Aswan, Yahya Khairy Abdel Qader e Muhamad Ahmad [Gehadashraf007 / Twitter]
Garotos núbios de Aswan, Yahya Khairy Abdel Qader e Muhamad Ahmad [Gehadashraf007 / Twitter]

O Ministério Público do Egito anunciou a libertação de 68 crianças presas desde o início das manifestações de 20 de setembro.

O anúncio gerou críticas ferozes entre as organizações de direitos humanos, que questionam por que as crianças estão sendo presas e o que aconteceu com elas na semana em que ficaram detidas.

Todas as crianças tinham entre 10 e 15 anos e eram principalmente do Alto Egito, onde ocorre a maior parte dos protestos.

Os manifestantes tomaram as ruas no Egito por mais de uma semana, em resposta aos apelos do denunciante Mohamed Ali, para se unirem contra o regime.

Os egípcios estão cansados ​​das graves violações dos direitos humanos, do aumento do custo de vida e das demolições generalizadas de casas que estão ocorrendo em todo o país.

LEIA: Ativistas egípcios afirmam que três foram mortos em protestos contra o governo

Entre as crianças libertadas estão dois meninos núbios de Aswan, Yahya Khairy Abdel Qader e Muhamad Ahmad, que foram presos após uma manifestação em Aswan.

Apesar de terem recebido uma promessa das autoridades egípcias de que seus filhos seriam libertados, as autoridades transferiram os dois meninos de Aswan, para cerca de 900 quilômetros de distância, no Cairo, para apresentá-los ao Ministério Público.

Todas as 68 crianças foram transferidas de suas cidades para a capital, a fim de comparecerem perante a acusação.

Após a notícia da prisão de Yahya e Muhamad, os manifestantes se reuniram em frente à sede do Ministério do Interior em Aswan, exigindo sua libertação e prometendo intensificar as manifestações se não o fizessem.

Os núbios, povos originários do Sudão e da região de Aswan, estão sujeitos à expropriação de terras, marginalização cultural, discriminação racial e deslocamento forçado nas mãos das autoridades egípcias.

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