Nesta quarta-feira (30), forças políticas sudanesas fizeram um apelo ao presidente do Conselho Soberano do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan, para aceitar a oferta dos Estados Unidos de normalizar relações com Israel em troca de remover o país norte-africano da lista de estados patrocinadores do terrorismo.
O pedido ocorreu em coletiva de imprensa conjunta, realizada na capital Cartum, com presença do chefe do Partido Nacional da Umma, Mubarak al-Fadil al-Mahdi, do chefe do Movimento de Libertação do Sudão – Segunda Revolução (SLM-SR), Abu al-Qasim Imam, e o representante da Frente Oriental, Hamid Mohammed Hamed.
O jornal americano The Hill reportou na sexta-feira (25) que o governo dos Estados Unidos do Presidente Donald Trump está pressionando o Sudão a normalizar laços com Tel Aviv, em troca de removê-lo da lista de sanções.
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“A oferta é limitada ao período das eleições presidenciais nos Estados Unidos [a partir de 3 de novembro], e não devemos perder essa oportunidade histórica”, afirmou al-Fadil. “Após o anúncio dos resultados das eleições … veremos uma crise em larga escala no Sudão, caso não aceitemos a oferta feita aos Emirados Árabes Unidos, antes de nós.”
Concluiu al-Fadil: “O Sudão não será removido da lista de terrorismo por anos e anos, caso não agarremos esta oportunidade presente.”