A Rússia planeja recrutar e enviar mercenários sírios a Belarus, a fim de proteger o ditador Alexander Lukashenko, reportou a rede de imprensa síria Zamn al-Wasl, gerida pela oposição ao Presidente da Síria Bashar al-Assad, aliado de Moscou.
Segundo uma fonte próxima ao caso, a Rússia pretende treinar combatentes para enviá-los da Síria a Belarus, via operação privada do grupo russo de mercenários Wagner.
A fonte não concedeu detalhes sobre o número de combatentes recrutados ou potencial salário, mas revelou que a Rússia está focada em capacidades de guerrilha urbana, ao estudar seu histórico nos nove anos de guerra civil na Síria.
Não obstante, a rede síria relatou que a Rússia pretende recrutar mais de 10.000 soldados sírios de áreas sob controle do regime de Assad, a maioria de locais como Sweida, Homs, Hama, Deir ez-Zor e áreas costeiras.
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Anteriormente, a Rússia recrutou e enviou combatentes sírios a outras zonas de conflito, em particular, na Líbia, como apoio efetivo à ofensiva de milícias do general renegado Khalifa Haftar contra o Governo de União Nacional, reconhecido internacionalmente. Mercenários do grupo Wagner também foram enviados ao país norte-africano.
Em contraponto, combatentes da oposição síria foram recrutados pela Turquia para auxiliar o governo oficial na Líbia. Segundo relatos, Ancara também enviou tais soldados à região disputada de Nagorno-Karabakh, em apoio ao Azerbaijão contra a Armênia.
Em agosto, protestos populares despertaram em Belarus, após uma eleição fraudulenta garantir vitória ao longevo ditador Lukashenko, responsável por reprimir, prender e deportar figuras da oposição e dissidentes.
À medida que continuaram os protestos em todo o país, Lukashenko decidiu pedir socorro ao Presidente da Rússia Vladimir Putin, que asseverou que forças russas deverão intervir “caso necessário”.
Belarus não é estranha a mercenários russos operando dentro de suas fronteiras. Segundo relatos, dezenas de mercenários russos pertencentes ao grupo Wagner foram presos por forças bielorrussas em meados de julho, e então devolvidos à Rússia.
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