Hikmet Hajiyev, assessor do presidente e chefe da política externa do governo do Azerbaijão, alegou ter informações de que combatentes e mercenários de origem armênia, provenientes de alguns países ocidentais viajarão ao Cáucaso para lutar contra o Azerbaijão. Dentre os supostos países está a Grécia, segundo a agência Anadolu.
“Pedimos a esses estados que fiquem longe de tais provocações contra o Azerbaijão e tomem medidas. Os cidadãos desses países se tornarão alvos caso participem de operações militares”, destacou Hajiyev.
O oficial azeri ainda exortou jornalistas estrangeiros que trabalham nas instalações das forças armênias a deixar o local, ao argumentar que permanecem ilegalmente em áreas ocupadas.
Segundo Hajiyev, a Armênia deliberadamente trouxe jornalistas estrangeiros para tais regiões de intenso conflito, de modo que o governo em Erevan é, portanto, responsável por sua segurança.
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Hajiyev também alegou que os armênios cometeram ataques cibernéticos a partir do exterior contra o Azerbaijão. “Este problema deve ser resolvido e as autoridades competentes devem tomar as medidas necessárias a este respeito”, enfatizou.
Confrontos na fronteira com a Armênia eclodiram na manhã de 27 de setembro, quando forças armênias atingiram assentamentos civis e posições militares do Azerbaijão, resultando nas primeiras baixas.
O parlamento do Azerbaijão declarou estado de guerra em algumas de suas cidades e regiões após violações da fronteira e ataques na região disputada de Nagorno-Karabakh (Alto Karabakh), parte de jure do território azeri, contudo, onde grupos étnicos armênios são vasta maioria e possuem autonomia de facto.
Em 28 de setembro, o Azerbaijão declarou mobilização militar parcial em meio aos confrontos.
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