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Polícia do Egito sequestra jornalista durante protestos

Jornalista egípcia Basma Mustafa [Ahmed Elbaqry/Twitter]
Jornalista egípcia Basma Mustafa [Ahmed Elbaqry/Twitter]

A jornalista egípcia Basma Mustafa, de 30 anos, foi desaparecida á força enquanto cobria protestos populares contra o regime do Presidente Abdel Fattah el-Sisi, reportaram diversas agências de notícias, neste domingo (4).

Basma, que trabalha para o site de notícias Al-Manassa, cobria a repressão policial contra manifestantes em Luxor, após a morte de um jovem local, na última semana.

Seus colegas de trabalho constataram último contato às 23h15 de sábado (3), quando Basma relatou que um policial a monitorava após checar seus documentos.

“Um policial me parou na cidade de Luxor, checou meu documento de identidade e então permitiu que eu seguisse caminho”, reportou Basma, segundo o Al-Manassa. “Mas o policial continua me seguindo.”

Na noite de domingo (4), segundo a rede Al Jazeera, seu advogado e sua família anunciaram que a jornalista fora localizada na sede da promotoria de segurança pública do Egito, no Cairo, capital do país.

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Karim Abdel-Rady, marido de Basma e advogado de direitos humanos, corroborou a informação, além de Khaled Ali, advogado também envolvido no caso.

A rede Al Manassa declarou que Basma fora interrogada e ordenada a permanecer em custódia por 14 dias. Seus advogados desconhecem as acusações contra ela, pois não foram autorizados a participar do interrogatório.

Protestos populares voltaram a ocorrer no Egito desde 20 de setembro, contra o atual governo, após severa inflação decorrer em fome generalizada e demolições sistemáticas de casas deixarem muitas pessoas desabrigadas.

Os protestos foram convocados pelo dissidente Mohamed Ali, que divulgou graves denúncias contra o governo, em particular sobre alegações de corrupção.

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