O exército israelense está recrutando ex-agentes de inteligência do Shin Bet para espionar, sob o pretexto de combater o coronavírus, cidadãos palestinos que vivem em Israel, revelou o site de notícias Walla.
Fontes importantes do Comando da Frente Interna relataram que o exército contactou ex-oficiais do Shabak, notórios por seu conhecimento sobre os árabes que vivem em Israel, e pediu-lhes que se juntassem a um novo “corpo de segurança”, encarregado de rastrear infecções por coronavírus.
Um ex-oficial contatado pelo exército alegou recear que, embora o objetivo oficial do novo “órgão de segurança” seja ajudar a obter informações sobre infecções por coronavírus na comunidade palestina em Israel, o novo órgão tenha planos maiores para o futuro.
Aida Touma-Solomon, parlamentar da Lista Conjunta Árabe, no Knesset israelense, declarou que o fato abre caminho para maiores violações contra os direitos dos cidadãos árabes.
Israel considera os palestinos que permaneceram em suas casas na Palestina histórica, posteriormente cidadãos de Israel, como uma ameaça demográfica.
O ex-diretor do serviço de segurança interna do Shin Bet, Yuval Diskin, disse publicamente que seu aparelho perseguiria todos os árabes israelenses que se recusassem a reconhecer Israel como Estado judeu. O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu descreveu repetidamente os cidadãos árabes como “bomba-relógio demográfica”.
Hoje, os cidadãos palestinos de Israel representam 21% da população do país.
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