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Os Emirados incentivaram Iêmen a normalizar relações com Israel há 16 anos, revelam documentos

Manifestantes carregam cartazes representando a Cúpula da Rocha de Jerusalém ao lado de outros que dizem em árabe: "não à normalização com a entidade sionista", durante um protesto na terceira cidade do Iêmen, Taez, em 21 de agosto 2020, contra o acordo mediado pelos EUA entre os Emirados Árabes Unidos e Israel [Ahmad Al-Basha/ AFP via Getty Images]
Manifestantes carregam cartazes representando a Cúpula da Rocha de Jerusalém ao lado de outros que dizem em árabe: "não à normalização com a entidade sionista", durante um protesto na terceira cidade do Iêmen, Taez, em 21 de agosto 2020, contra o acordo mediado pelos EUA entre os Emirados Árabes Unidos e Israel [Ahmad Al-Basha/ AFP via Getty Images]

Dois documentos confidenciais revelaram que os Emirados Árabes Unidos (Emirados Árabes Unidos) desempenharam um papel fundamental em instar o Iêmen a normalizar formalmente as relações com Israel há 16 anos.

O primeiro documento emitido em 3 de março de 2004 foi uma carta enviada pelo embaixador dos Emirados no Iêmen, na época Hamad Saeed Al-Zaabi, ao subsecretário do Ministério das Relações Exteriores de seu país. A carta afirmava que uma delegação da Autoridade do Patrimônio Judaico visitara recentemente o Iêmen, se reunindo com com várias autoridades, incluindo o presidente Ali Abdullah Saleh, segundo informou o jornal libanês Al-Akhbar.

De acordo com o jornal que é pró-Hezbollah, a delegação incluiu o israelense Yahya Marji e Ibrahim Yahya Yacoub, um cidadão americano, como parte dos esforços sionistas para normalizar as relações entre o Estado judeu e o Iêmen.

A delegação fez vários pedidos às autoridades iemenitas, incluindo a construção de um museu do patrimônio judaico em Sanaa e o cercamento do túmulo de Al-Shabazi (um dos rabinos dos judeus de Taiz) e dos cemitérios judeus em Aden, Rada’a e as diferentes regiões onde os judeus viviam. Também foram feitas solicitações para conceder a naturalização a 45.000 judeus israelenses e 15.000 judeus americanos, e para construir um templo e uma escola judaica em Raydah.

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De acordo com o embaixador dos Emirados: “A Autoridade do Patrimônio Judaico enviou uma carta ao primeiro-ministro do Iêmen para solicitar a construção do museu, enquanto destacava a importância e as razões por trás do pedido”.

A delegação judaica também se encontrou com o vice-ministro do Interior do Iêmen, general Mutahar Al-Masri, que recebeu calorosamente seus integrantes, demonstrando já conhecê-los.

A mesma fonte divulgou que Al-Masri afirmou na época que “ele havia visitado Israel anteriormente após acordos com as partes relevantes.”

A delegação se reuniu com o brigadeiro-general Ali Mohsin Al-Ahmar, comandante do distrito militar do noroeste, durante o qual Marji lhe pediu que concedesse a cidadania iemenita a sua esposa e filhos, que moram em Israel.

O documento afirmava que Al-Zaabi pretendia informar o funcionário dos Emirados Árabes Unidos sobre o papel esperado de Sanaa na normalização judaico-iemenita, que é parte de um plano mais amplo dos EUA para a região.

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