O Exército de Israel deverá punir os soldados envolvidos em uma altercação ocorrida em uma base de treinamento militar, neste domingo (11), além de seus comandantes.
O incidente na base de treinamento Ketziot, da Brigada de Infantaria Givanti, deixou 21 soldados feridos, incluindo oito hospitalizados. A briga ocorreu, segundo relatos, quando unidades de reconhecimento do 585° Batalhão Beduíno e unidades do Batalhão Shaked esperavam na fila para o almoço.
“Uma discussão teve início na fila para a refeição”, reportou o exército israelense em nota sobre o incidente. Segundo o comunicado militar, a altercação saiu do controle devido a “falha de toda a corrente de comando”.
Segundo relatos locais, a discussão chegou ao ponto de um dos soldados engatilhar sua arma.
O jornal Times of Israel reportou que cerca de trinta soldados participaram da peleja, que durou em torno de dez minutos, antes do comandante local chegar ao refeitório e encerrar a disputa.
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Um segundo confronto ocorreu a seguir no pronto-socorro da base, entre dois soldados presentes ali para tratamento médico, após a primeira briga. “Esta foi rapidamente apartada por um comandante”, alegou o exército.
O Exército de Israel argumentou que a altercação trata-se de “incidente grave e raro … inconsistente com os valores das Forças de Defesa de Israel [FDI] e com o comportamento requerido dos soldados”.
O treinamento militar na base foi suspenso até o fim da semana para ambos os batalhões envolvidos na disputa, segundo um porta-voz do exército. Uma investigação teve início para aplicar as devidas medidas punitivas.
Em entrevista à emissora de notícias israelense N12, um comandante que testemunhou a briga afirmou: “Em todos os meus anos de FDI, jamais vi evento tão deplorável”.
O 585° Batalhão Beduíno é composto por voluntários beduínos e árabes cristãos. Drusos, judeus e circassianos são aceitos como recrutas oficiais do exército.
Segundo o jornal The Jerusalem Post, estima-se que 1.500 beduínos sirvam hoje ao exército israelense, conforme esforços de recrutamento, a despeito da política continuada de demolição de aldeias beduínas “não reconhecidas”, ao sul do território ocupado por Israel.
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