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Grécia construirá campo de refugiados para substituir Moria em 2021

Refugiados e migrantes do campo destruído de Moria cozinham em chamas durante o início da noite na ilha de Lesbos, em 11 de setembro de 2020 [Angelos Tzortzinis/ AFP via Getty Images]
Refugiados e migrantes do campo destruído de Moria cozinham em chamas durante o início da noite na ilha de Lesbos, em 11 de setembro de 2020 [Angelos Tzortzinis/ AFP via Getty Images]

A Grécia vai construir um campo de refugiados permanente em Lesbos até o verão de 2021 para substituir as instalações que pegaram fogo no mês passado, disse o ministro da Imigração ontem.

Notis Mitarachi disse que os empreiteiros já foram selecionados para construir os novos campos, que também serão construídos nas ilhas de Samos, Kos e Leros.

Os acampamentos serão instalações fechadas, com “cercado duplo ao estilo da OTAN” e entrada rigidamente controlada, bem como sistemas de proteção contra incêndio, disse Mitarachi.

“Nosso objetivo é ter a instalação permanente operando no verão de 2021” em Lesbos.

Acrescentando que a Grécia está “avançando com um ambicioso programa financiado pela UE para campos fechados”, onde “a entrada será controlada” e os residentes serão protegidos com um “recinto duplo ao estilo da OTAN”.

Mitarachi também disse que uma nova instalação proporcionaria condições “dignas” aos residentes, que, até recentemente, viviam no campo superlotado e notoriamente insalubre de Moria.

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O campo, que tinha capacidade para menos de três mil pessoas, mas abrigava cerca de treze mil, foi arrasado por uma série de incêndios em 8 de setembro.

Quase 7.500 refugiados que ficaram desabrigados nos incêndios estão atualmente vivendo em um acampamento improvisado, chamado Kara Tepe.

Muitos, porém, reclamaram que a instalação improvisada, que foi construída em um antigo campo de tiro militar, não tem eletricidade ou água encanada e apenas roupas de cama básicas.

O acampamento de Kara Tepe também foi devastado por enchentes causadas por uma chuva repentina na última quinta-feira, deixando mais de 80 tendas precisando ser substituídas.

Mitarachi disse que as autoridades estão “tomando medidas para proteger o acampamento para o inverno”, incluindo planos para trazer contêineres de outro acampamento de Lesbos para Kara Tepe.

O ministro também disse esperar que a população de Kara Tepe possa ser reduzida para menos de cinco mil até o próximo verão, como parte de uma iniciativa para reduzir o número de migrantes que vivem na Grécia.

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Ele acrescentou que quase 7.500 migrantes deixaram a Grécia este ano, com mais de três mil partidas adicionais pendentes.

Mitarachi também disse que a Grécia está tentando desencorajar novas migrações reduzindo os benefícios monetários e de acomodação, bem como eliminando todas as estadias em hotéis para refugiados até o final do ano.

Chipre, outro país na vanguarda da crise migratória europeia, também introduziu medidas semelhantes para desencorajar a migração este ano.

Em setembro, os políticos aprovaram uma redução do período que os migrantes têm para apelar dos pedidos de asilo rejeitados de 75 para 14 dias.

Na mesma semana, o Ministro do Interior Nicos Nouris advertiu que Chipre não poderia mais aceitar migrantes econômicos porque “as instalações de recepção literalmente não são mais suficientes e as capacidades do país estão esgotadas”.

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