As autoridades do Kuwait extraditaram três figuras da oposição egípcia que convocaram protestos contra o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi, informou o jornal local Al-Qabas.
Citando fontes importantes do Kuwait, o relatório disse que o aparato de segurança nacional entregou três residentes egípcios ao Egito sob a acusação de “incitação ao caos e apelos por protestos através das redes sociais”.
“Depois de coletar todas as informações,uma Divisão de Investigações de Segurança do Estado foi formada e os prendeu na governadoria de Farwaniya. Depois que as investigações foram concluídas, eles foram entregues à Interpol egípcia”, diz o relatório.
Desde 20 de setembro, os egípcios vêm se manifestando contra o regime governante porque o alto custo de vida tornou o país inabitável e clamam pela renúncia de Al-Sisi.
De acordo com o advogado de direitos humanos Khaled Ali, as autoridades egípcias prenderam 1.943 pessoas desde o início dos protestos em 20 de setembro.
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Na primeira semana das manifestações, a hashtag “Não queremos você, Sisi” foi trend na rede social.
A economia egípcia continuou a se deteriorar e os abusos dos direitos humanos aumentaram, agravados pela crise do coronavírus no país, que foi mal tratada pelas autoridades governantes.
Milhares de casas foram demolidas depois que o governo alegou que violaram os requisitos de construção.
Também existe umaindignação generalizada com a forma como o governo está lidando com a Líbia e as negociações da Barragem Renascença, da Etiópia.