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Sob receio de sanções dos EUA, Líbano fecha contas de sírios ligados a Assad

Banco Central do Líbano [Karan Jain/Flickr]
Banco Central do Líbano [Karan Jain/Flickr]

Bancos libaneses fecharam centenas de contas de cidadãos sírios ligados ao regime de Bashar al-Assad, na tentativa de evitar sanções dos Estados Unidos relacionadas ao chamado Ato Caesar, reportou ontem (13) o site de notícias Aram Media.

Segundo as informações, diversos bancos do Líbano fecharam contas de sírios que conduziram qualquer atividade financeira ligada a Assad, antes ou depois da implementação do Ato Caesar, em 17 de junho.

A legislação americana prevê sanções ao governo sírio, incluindo ao Presidente Assad, por crimes de guerra contra a população civil da Síria. Também busca atingir aqueles que apoiam efetivamente o regime ou se beneficiam do conflito, ao reconstruir áreas sob controle de Assad.

Joel Rayburn, assessor-adjunto do Secretário de Estado dos Estados Unidos para assuntos do Levante e enviado especial à Síria, alertou o Líbano sobre as consequências de permitir que o regime de Assad utilizasse seus bancos para operações de lavagem de dinheiro.

Rayburn destacou que o Líbano – sob grave crise política, social e econômica – também está sujeito a sanções, caso viole os termos da legislação americana.

O Ato Caesar foi aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos após denúncias de tortura e assassinato nas prisões do regime, reveladas pelo fotógrafo militar dissidente de codinome Caesar. O objetivo é coibir o uso de paraísos fiscais e tráfico internacional de drogas para financiar a guerra na Síria.

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