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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel planeja demolir escola financiada pela União Europeia, na Cisjordânia

Estudantes palestinos assistem aula na escola de Ras al-Tenneen, prevista para demolição por autoridades israelenses, sob pretexto de falta de alvará, na cidade de Ramallah, Cisjordãnia ocupada, 8 de outubro de 2020 [Abbas Momani/AFP/Getty Images]
Estudantes palestinos assistem aula na escola de Ras al-Tenneen, prevista para demolição por autoridades israelenses, sob pretexto de falta de alvará, na cidade de Ramallah, Cisjordãnia ocupada, 8 de outubro de 2020 [Abbas Momani/AFP/Getty Images]

O Conselho para Refugiados da Noruega (NRC) anunciou em comunicado de imprensa, nesta quarta-feira (14), profunda preocupação referente aos planos do Exército de Israel para demolir uma escola primária financiada com recursos europeus, na Cisjordânia ocupada.

A escola em questão localiza-se em Ras al-Tenneen, comunidade pastoril na região central da Cisjordânia, a leste de Ramallah.

“Tratam-se de algumas das crianças em maior situação de vulnerabilidade no mundo, cujas vidas já são extremamente difíceis. Como potência ocupante, Israel tem o dever de lhes garantir educação e serviços básicos”, declarou Carsten Hansen, diretor regional do NRC.

Prosseguiu: “Ao contrário, [Israel] utiliza seu poder para fazer o oposto, ao negar às crianças seu direito fundamental à educação e criar caminho para expandir assentamentos ilegais”.

A escola atende a 50 estudantes da comunidade local, da primeira a sexta série. Sem a instituição, os alunos teriam de caminhar em torno de cinco quilômetros, em uma região militarizada pela ocupação, para ter acesso à escola mais próxima, na aldeia de Al-Mughayyer.

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A União Europeia, estados-membros e o Reino Unido concederam recursos humanitários para construir a escola.

O NRC destacou que o exército da ocupação israelense confiscou equipamentos e materiais de construção em quatro ocasiões distintas, entre 31 de agosto de 10 de setembro, incluindo telhas, carteiras e cadeiras, sob pretexto de falta de alvará para obras, emitido ou indeferido arbitrariamente por Israel.

A instituição norueguesa reportou o caso ao Aglomerado de Educação, fórum que coordena a resposta humanitária referente ao ensino em escala global, ao declarar: “Israel demoliu parcial ou totalmente três escolas na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, somente neste ano; 52 outras escolas estão sob ameaça de demolição.”

Em 2019, o Aglomerado de Educação registrou 328 incidentes relacionados ao ensino, incluindo restrições ao acesso, ataques contra estudantes e profissionais e destruição de infraestrutura, afetando 19.913 estudantes.

Desde o início de 2020, as Nações Unidas registraram 555 demolições israelenses contra estruturas na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, resultando no deslocamento forçado de 747 pessoas, incluindo 382 menores de idade, e afetando outras 2.722 pessoas.

As estruturas destruídas incluem 217 propriedades residenciais e 45 instalações de saneamento, água e esgoto. Dentre as demolições ou expropriações israelenses, 97 estruturas haviam sido fornecidas por estados doadores como assistência humanitária à Palestina.

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