Esperanças de um cessar-fogo humanitário, para encerrar os confrontos em Nagorno-Karabakh, naufragaram ainda mais nesta quinta-feira (15), conforme aumento no número de mortos, após Armênia e Azerbaijão trocarem acusações de novos ataques.
As informações são da agência Reuters.
A Armênia acusou a Turquia, aliada do Azerbaijão, de impedir a passagem de voos carregados com assistência emergencial pelo espaço aéreo turco.
O Presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev alertou sobre “novas vítimas e novos massacres” devido aos combates sobre o território disputado, que escalaram a partir de 27 de setembro. Aliyev exigiu da Armênia que “interrompa tentativas de recapturar territórios libertados”, ao ameaçar tomar toda a região, caso o país adversário “aja negativamente”.
O cessar-fogo de último sábado (10), que pretendia permitir aos lados a troca de prisioneiros e corpos de soldados mortos em combate, teve pouco impacto efetivo.
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O território montanhoso de Nagorno-Karabakh é reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas povoado e governado por maioria étnica armênia. O atual conflito é o mais mortal desde a guerra na década de 1990, que resultou em 30.000 mortos.
Até então, na presente rodada de combates, foram registradas 604 mortes entre oficiais de defesa de Nagorno-Karabakh, reportaram autoridades armênias.
Nesta quinta-feira, três civis azeris foram mortos e outros três ficaram feridos durante um funeral na região disputada de Tartar, quando bombardeios atingiram um cemitério, relatou no Twitter o assessor presidencial azeri Hikmet Hajiyev.
Na quarta-feira (14), estimativas azeris reportaram 43 civis mortos até então. O governo do Azerbaijão não revelou, contudo, informações sobre baixas militares. O gabinete da promotoria na capital Baku registrou ainda dois civis feridos por um bombardeio na área de Aghdam.
Por outro lado, o gabinete da promotoria-geral da Armênia denunciou que drones azeris mataram dois soldados na região de Vardenis, no leste do território armênio, também na quarta-feira.
O número de baixas militares do lado armênio subiu para cinco mortos, embora não envolvidos diretamente nos confrontos, segundo as informações oficiais.
O mediador do governo autônomo de Nagorno-Karabakh acusou o Azerbaijão de utilizar artilharia pesada contra infraestrutura civil na cidade de Stepanakert.
A Reuters, no entanto, não pode verificar imediatamente os relatos.
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