O Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo exortou novamente a Arábia Saudita a seguir os passos dos Emirados Árabes Unidos e Bahrein, para normalizar relações diplomáticas e econômicas com Israel.
Durante encontro com o Ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal Bin Farhan, em Washington, na quarta-feira (14), Pompeo voltou a alegar que a normalização seria um importante impulso estratégico ao estado sionista, caso chegasse ao acordo com dois outros reinos do Golfo árabe.
Emirados e Bahrein são respectivamente o quarto e quinto países árabes a reconhecer e instituir laços diplomáticos formais com Israel, após Egito, Jordânia e Mauritânia. Este último, porém, rompeu relações com a ocupação devido à guerra sobre Gaza, em 2014.
Pompeo afirmou que o acordo “contribui enormemente com nossos objetivos compartilhados por paz e estabilidade [e] reflete uma mudança dinâmica na região, na qual países corretamente reconhecem a necessidade de cooperação regional para reagir à influência do Irã e gerar prosperidade. Esperamos que a Arábia Saudita considere normalizar também. Queremos agradecer por sua assistência no sucesso dos ‘Acordos de Abraão’ até então”.
Contudo, o pacto de normalização não concede qualquer projeto significativo para solucionar as décadas de conflito entre a ocupação israelense e o povo palestino, apesar das promessas do hoje candidato e Presidente dos Estados Unidos Donald Trump de fazê-lo, conforme esforços liderados por seu conselheiro e genro, Jared Kushner.
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Trump comentou em setembro esperar que a Arábia Saudita também reconheça Israel, “no momento certo”.
Durante conversas a portas fechadas com a União Europeia, na segunda-feira (12), o chanceler saudita afirmou que não haveria reconhecimento de Israel pela monarquia, a menos que as negociações entre israelenses e palestinos fossem retomadas.
A Arábia Saudita reiterou seu compromisso com a Iniciativa de Paz Árabe, de 2002, a qual oferece a chance de normalização em troca do estabelecimento de um estado palestino e plena retirada israelense dos territórios ocupados em 1967.
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