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414.000 sírios retornam a áreas liberadas por operações militares, afirma Turquia

Famílias sírias deslocadas por ataques conduzidos por forças do regime sírio e aliados, em um campo em Idlib, Síria, 14 de fevereiro de 2020 [Muhammed Said/Agência Anadolu]
Famílias sírias deslocadas por ataques conduzidos por forças do regime sírio e aliados, em um campo em Idlib, Síria, 14 de fevereiro de 2020 [Muhammed Said/Agência Anadolu]

Mais de 414.000 sírios deslocados retornaram voluntariamente a áreas liberadas pelo exército turco, alegou nesta sexta-feira (16) o Ministro do Interior da Turquia Suleyman Soylu.

Em um seminário realizado no distrito de Atavalik, província de Balikesir, Turquia, declarou o ministro: “Graças à segurança fornecida por nossas operações transfronteiriças, 414.061 sírios retornaram voluntariamente a seu país, até então.”

O retorno tornou-se possível, segundo Soylu, devido a quatro operações militares turcas de larga escala, ao longo dos últimos quatro anos: Escudo do Eufrates (2016), Ramo de Oliveira (2018), Nascente da Paz (2019) e Escudo Nascente, em março deste ano.

As três primeiras intervenções militares tinham como objetivo limpar a região de fronteira de grupos curdos, como as Unidades de Proteção Popular (YPG) e as Forças Democráticas da Síria (FDS), com pretexto de segurança.

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A última operação supostamente esperava estabilizar a zona neutra, que estende-se 30 quilômetros ao nordeste do território sírio, para permitir o assentamento dos refugiados sírios.

“A pressão em campo que aplicamos ao PKK, Daesh e afiliados e nossa luta contra o terrorismo no país demonstram claramente que nossa segurança, por definição, começa já do outro lado de nossas fronteiras”, declarou Soylu.

A Turquia considera o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) como grupo terrorista.

Segundo Soylu, ataques do PKK resultaram nas mortes de centenas de civis e oficiais turcos, em território da Turquia, no período de pouco mais de um ano. Para o ministro, tais ataques ceifaram mais vidas turcas do que qualquer eventual derrota em operações militares na região.

“O total de perdas em vidas nos oito ataques conduzidos em catorze meses é 369 pessoas. Estes atos não ocorreram no Iraque ou na Síria, em guerra civil ainda em curso há nove anos, tampouco no Afeganistão”, destacou Soylu. “Todos ocorreram em nosso país”.

Soylu não esclareceu com precisão o local para onde os refugiados sírios retornaram. O anúncio, porém, ocorre pouco após a Fundação Diyanet, da Turquia, reportar a construção de 600 casas para famílias sírias em Idlib, região norte da Síria ainda controlada pela oposição.

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