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Azerbaijão abate outro jato de guerra SU-25 da Armênia

Jato de combate SU-25 da Força Aérea da Ucrânia, durante exercícios de “céu limpo” estabelecidos pelo centro de comando estratégico, perto da cidade de Mykolayiv, sul da Ucrânia, 22 de setembro de 2006 [Genya Savilov/AFP/Getty Images]
Jato de combate SU-25 da Força Aérea da Ucrânia, durante exercícios de “céu limpo” estabelecidos pelo centro de comando estratégico, perto da cidade de Mykolayiv, sul da Ucrânia, 22 de setembro de 2006 [Genya Savilov/AFP/Getty Images]

Neste domingo (18), o Azerbaijão abateu outro jato combatente armênio SU-25, conforme informações do Ministério da Defesa em Baku. Trata-se do segundo SU-25 abatido em somente dois dias, de acordo com a agência Anadolu.

Em nota, o ministério azeri afirmou que a aeronave SU-25 tentava lançar ataques aéreos contra posições do Azerbaijão na região de Jabrayil, quando foi abatida, como sua predecessora, no sábado (17).

O jato foi destruído por forças do Azerbaijão em torno da 12h30 do horário local (8h30 GMT), segundo o ministério.

Por telefonema, o Ministro da Defesa da Turquia Hulusi Akar congratulou o Azerbaijão pelo abatimento de ambos os jatos, segundo nota do ministério turco emitida neste domingo.

Logo antes, o Ministério da Defesa do Azerbaijão anunciou que forças armênias “violaram grosseiramente” o novo cessar-fogo humanitário, apenas horas após sua implementação, ao utilizar armamentos de grosso calibre, morteiros e artilharia.

O cessar-fogo – o segundo desde 27 de setembro, quando começaram as hostilidades recentes em Nagorno-Karabakh – entrou em vigor à meia-noite de sábado (20h00 GMT).

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O novo acordo de cessar-fogo entre Armênia e Azerbaijão foi alcançado após fracassar o anterior, instituído em 10 de outubro, com o intuito de permitir a ambos os lados que trocassem prisioneiros e corpos de soldados mortos em combate.

O primeiro pacto foi violado também em questão de horas, com troca de acusações entre os lados. Horas após ser instituído o cessar-fogo, mísseis armênios atingiram a cidade azeri de Ganja, resultando em 10 mortos e 35 feridos.

Relações entre as duas antigas repúblicas soviéticas são marcadas por tensões desde 1991, quando o Exército da Armênia ocupou a região disputada de Alto Karabakh, ou Nagorno-Karabakh, reconhecida internacionalmente como território do Azerbaijão.

Cerca de 20% do território azeri permanece ainda sob ocupação armênia, após três décadas.

O Grupo de Minsk da Organização por Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) – copresidido por França, Rússia e Estados Unidos – foi formado em 1992, a fim de encontrar uma solução pacífica ao conflito, mas sem resultados efetivos.

Em 1994, porém, um cessar-fogo foi implementado. Diversas resoluções da ONU e organizações internacionais exigem a retirada da ocupação armênia de Nagorno-Karabakh.

Potências mundiais, como França, Rússia e Estados Unidos, conduziram novos apelos por um cessar-fogo nos confrontos recentes. A Turquia, contudo, declarou apoio ao “direito de autodefesa” do Azerbaijão e reiterou exigências pela retirada das forças armênia da região.

LEIA: Qual a posição do Irã no conflito de Nagorno-Karabakh?

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